segunda-feira, 22 de junho de 2009

Acende uma fogueira no meu coração...


Festas Juninas no Nordeste
Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma grande expressão. O mês de junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura.

Além de alegrar o povo da região, as festas representam um importante momento econômico, pois muitos turistas visitam cidades nordestinas para acompanhar os festejos. Hotéis, comércios e clubes aumentam os lucros e geram empregos nestas cidades. Embora a maioria dos visitantes seja de brasileiros, é cada vez mais comum encontrarmos turistas europeus, asiáticos e norte-americanos que chegam ao Brasil para acompanhar de perto estas festas.

Comidas típicas
Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha, cural, milho cozido, canjica, cuzcuz, pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos.
Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bombocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais.

Tradições

As tradições fazem parte das comemorações. O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas. Os balões também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam.
No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros.

domingo, 21 de junho de 2009

Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.

SAUDADE

Saudade rima com eternidade e não por acaso, pois todas as saudades são eternas. Saudades de quem já partiu, saudades de quem nem chegou... saudades de um tempo passado, saudades de um animal de estimação, saudades de um quintal cheio de árvores frutíferas, saudades do cheirinho de lavanda de bebê... enfim...saudades, vocábulo único só existente na língua portuguesa e que tão bem representa este sentimento sombrio sem atenuantes. Saudade significa uma perda definitiva e dilacera o coração.
Outro dia lí que a palavra saudade deve ter sido criada na época das grandes navegações, para expressar o sentimento da mãe ou da esposa do explorador que ia para o outro lado do mundo e provavelmente não voltaria jamais. O fado é a música da saudade, do luto. Uma música onde a dor da ausência sangra numa ferida exposta.
Por isso tento restringir o uso da palavra “saudade”. Saudade é de quem morreu, ou de quem mudou tanto que ficou irreconhecível.
Confesso que às vezes tenho saudades de mim...

domingo, 14 de junho de 2009


Gosto muito do Luis Fernando Veríssimo, comecei com algumas crônicas e acabei chegando aos livros. Excelente escritor…Hilário na maioria das vezes e por conta dessa admiração o homenageio com o texto abaixo da s

Tudo mudou...

O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss

O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib
Que virou silicone

A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
"Problemas de moça" viraram TPM
Confete virou MM

A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose.
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou mousse

Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal

Ninguém mais vê...

Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service

A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão

O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD

A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email

O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do "não" não se tem medo
O break virou street

O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também

O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico
Bicicleta virou Bis
Polícia e ladrão virou counter strike

Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato

Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...

A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!

A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...

... De tudo.

Inclusive de notar essas diferenças

sábado, 6 de junho de 2009

Eu triste sou calada
Eu brava sou estúpida
Eu lúcida sou chata
Eu gata sou esperta
Eu cega sou vidente
Eu carente sou insana
Eu malandra sou fresca
Eu seca sou vazia
Eu fria sou distante
Eu quente sou oleosa
Eu prosa sou tantas
Eu santa sou gelada
Eu salgada sou crua
Eu pura sou tentada
Eu sentada sou alta
Eu jovem sou donzela
Eu bela sou fútil
Eu útil sou boa
Eu à toa sou tua.

Martha Medeiros

Viver com elegância

Muita gente acha que ser elegante é “andar” na moda ou ter dinheiro. Nada disso é verdade. A moda hoje favorece todo tipo de orçamento. É apenas uma questão de informação e estilo.
Embora moda e elegância coexistam, são bem distintas. Uma pessoa pode ser totalmente fashion e não possuir um “pingo” de elegância. Muito além da aparência, a elegância tem a ver com atitudes.
Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É uma elegância desobrigada.
É possível detecta-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detecta-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas.
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detecta-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece.
É quem presenteia fora de datas festivas.
É quem cumpre o que promete.
E, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando, e só depois manda dizer se está ou não está.
Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante você fazer algo por alguém, e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer...
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
É elegante o silêncio, diante de uma rejeição...
Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter visão generosa do mundo, a estar nele de forma não arrogante. É elegante a gentileza... atitudes gentis falam mais que mil imagens...
Abrir a porta para alguém... é muito elegante.
Dar o lugar para alguém sentar... é muito elegante.
Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado a alma...
Oferecer ajuda é muito elegante.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imita-la é improdutivo.
Olhar nos olhos ao conversar, é essencialmente elegante.
A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para nosso lado brucutu, que acha que “com amigo não tem que ter estas frescuras”.
Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que irão desfruta-la.
Educação enferruja por falta de uso.
E, detalhe, não é frescura.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Essa canção é mais que mais uma canção
Quem dera fosse uma declaração de amor
Romântica, sem procurar a justa forma
Do que me vem de forma assim tão caudalosa
Te amo, te amo, eternamente, te amo
Se ma faltares, nem por isso eu morro
Se é pra morrer quero morrer contigo
E a solidão se sente acompanhada
Por isso às vezes sei que necessito
Teu colo, teu colo, eternamente, teu colo
Quando te vi, eu bem que estava certo
De que me sentiria, descoberto
A minha pele vai despindo aos poucos
Me abres o peito, quando me acumulas
De amores, de amores, eternamente, de amores
Se alguma vez me sinto derrotado
Eu abro mão do sol de cada dia
Rezando o credo, que tu me ensinaste
Olho teu rosto e digo a ventania
Yolanda, Yolanda, eternamente, Yolanda

Planeta Verde


Segundo o Livro Sagrado, quando Deus criou o homem o mundo já estava pronto, Isto nos leva a crer, que ao homem, por ter-lhe sido concedida também a inteligência, foi lhe dada a responsabilidade de administrar o planeta Terra e tudo nele já existente.
Não sou uma especialista em meio ambiente, mas em tempos em que tanto se discute a importância da preservação do meio todos nós temos este encargo social, independente de posição social e nível cultural. Como educadora acredito que tais noções de preservação devem iniciar desde muito cedo buscando formar na criança a conscientização sobre a importância e a necessidade de preservarmos o nosso meio, incentivando jovens e adultos que abracem a causa e assim, se tornarem verdadeiros ativistas e formadores de opinião.
Não me refiro aqui aos "verdes" de plantão, aos sensacionalistas que buscam na causa a promoção pessoal de forma hipócrita, cujos discursos oscilam conforme a sua conveniência. Nenhuma referência ainda aos radicais que empunham bandeiras do anti-capitalismo e anti-consumismo, mas que se agrupam em ONGs e crescem em termos de estrutura e divulgação, como grandes instituições, custeados por multinacionais e que trilham uma rota menos ideológica e mais contaminada por interesses não estritamente ambientalistas.
Há que se formar uma nova consciência, lembrando que a nova batalha do século XXI deverá ser pela ética dentro dos movimentos ambientalistas, uma luta muito mais difícil porque envolve não apenas o caráter e a consistência dos objetivos do homem . A luta pela preservação do meio ambiente não deve ser apenas tema em reuniões de engravatados nem assunto em datas específicas, deve sim, fazer parte do nosso cotidiano, uma lição de casa a ser refeita todos os dias, seja no nosso quintal, no nossa jardim ou na nossa varanda.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Outro dia conversava com uma amiga de longas datas sobre as nossas peripécias da época da faculdade - ocasião em que nos conhecemos e tornamos amigas inseparáveis. Por um desses caprichos que o destino nos prega, acabamos por nos separar nos encontrando esporadicamente quando ela vem aqui ou eu vou lá. Recentemente nos encontramos tendo a vista da Marina Bahia como fundo paisagístico, e as muitas lembranças como assunto principal.
E em meio às lembranças aventamos a possibilidade de um reencontro com aquela turma do Curso de Letras da UNEB, uma festa com todas as pompas dignas das grandes memórias. Diante das ocupações ficamos apenas na possibilidade desse reencontro, pois para realiza-lo íamos precisar de tempo necessário para localizar os que se perderam, depois providenciar o local, a data, o orçamento, os convites, etc, etc...
Desistimos da ideia, preferimos ficar com as lembranças daquela época, com as fotos já amareladas de antigos álbuns. Na verdade todos nós mudamos, os anos trazem a maturidade visível e como diz a minha amiga: Fiquemos com as lembranças do passado, melhor não estraga-las com imagens presentes, rrsss...