domingo, 20 de dezembro de 2009

Dando um tempo



Não gosto da rigidez de ter que vir aqui escrever algo por obrigação, por isso, estou parando mais uma vez. Talvez volte um dia, talvez não volte mais.

Nesta época do ano as coisas realmente acontecem num ritmo frenético, onde o tempo acaba faltando para muitas outras coisas. Natal, Reveillon, viagem a JP, férias curtinhas... enfim... muito para ser feito...

Aproveito esta despedida para desejar a todos os que me são caros um Feliz Natal e um ano novo de paz e alegria.

E que o Menino Jesus

Faça nascer novamente

No coração de cada um de nós

A INOCÊNCIA

Para sabermos ser transparentes,

O CARINHO

Para cativarmos novos amigos,

A GRATIDÃO

Para valorizarmos a vida em plenitude,

O PERDÃO

Para reconciliarmo-nos no amor,

A COMPREENSÃO

Para sabermos perdoar

O ENCANTAMENTO

Para apaixonarmo-nos pela busca de felicidade,

A SABEDORIA

Para respeitarmos os pontos de vista do outro,

A SOLIDARIEDADE

Para aprendermos juntos a construir caminhos,

A FÉ

Para acreditarmos também no outro,

A PAZ

Para ajudarmos a construir sempre,

A CORAGEM

Para sabermos retomar nossos sonhos,

A VONTADE DE AMAR

Para sermos felizes!

Que o menino Jesus

se sinta acolhido

em seu coração

e que você, tenha um

GRANDE E FELIZ NATAL e um ABENÇOADO ANO NOVO!!!

E que neste Ano Novo você consiga realizar todos os sonhos que almeja,

FELICIDADES, HOJE E SEMPRE !!!!

É hora de refletir, hora de fazer uma faxina na alma. É hora de organizar, de fazer planos.
É hora de começar ...ou melhor ...
É hora de "recomeçar", porque a vida é um eterno recomeço e nada melhor que um ano novo para criar novas ideias, novas expectativas, para sonhar novos sonhos, embalar sonhos antigos.
Revirando minhas coisas achei essa história
Assentado sobre o tronco seco de uma árvore, o velho pescador meditava sobre o seu futuro. Sabia que lhe restava pouco tempo de vida, e todos os esforços para conduzir seu único filho por aqueles que lhe pareciam ser os caminhos corretos tinham sido em vão, pois o interesse dele estava na busca dos prazeres do mundo.
Vendo o tempo passar e, dia após dia, essa situação persistir, certa noite o velho pescador pediu aos céus que lhe fosse indicado o que fazer. Aconteceu então que, ao clarear o dia, seu filho pediu para com ele ir pescar.O que insistentemente o velho pescador durante anos procurara parecia agora acontecer como por milagre.Cheio de contentamento, preparou o barco e saiu com o filho rumo às águas mais profundas. Entretanto, uma repentina tempestade sobreveio, e ventos muito fortes levaram o barco para regiões desconhecidas.
Quando ela cessou, encontraram-se em águas claras e transparentes, e o barco aproximava-se de uma ilha de areias muito brancas. Tomado de gratidão por estarem a salvo, o pescador saltou e em terra firme, de joelhos sobre aquelas finas areias, pediu aos céus que os mandassem de volta à sua casa, pois – no seu entender – lá teriam ainda coisas a cuidar.Terminada a prece, voltou os olhos para o filho, que permanecera no barco; mas tanto o jovem quanto o barco haviam sido levados pela maré.
Cheio de desânimo, o pescador pôs-se a chorar, sem compreender a razão de tudo aquilo.
Surgiu então à sua frente um grande pássaro que , se transformando em um anjo, lhe disse:_ Não podeis com a vossa vontade e o vosso desejo traçar os caminhos de outro...
_Cada um, a um mundo pertence.
_Os passos dados confirmam a meta, as escolhas e as trilhas a serem percorridas...
_Vosso filho seguiu para as terras que lhe correspondiam, e vós fostes colocado naquela que vos corresponde...
_ Aqui, tereis frutos para saciar vossa fome e encontrareis aqueles que, convosco, trilharão a mesma senda.
Extraído do Livro: "Viagens por Mundos Sutis"
"Cada homem deve inventar o seu caminho."
Jean-Paul Sartre

sábado, 19 de dezembro de 2009


Depois de algum tempo você aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.

domingo, 13 de dezembro de 2009


Final de ano chegando, hora de rever projetos, brindar conquistas, lamentar perdas...houve um tempo que não me importava com essa rigidez das datas e final de ano era somente mais um período dedicado ao consumismo e planos quantos às férias. Hoje, confesso que consigo ver tal data com mais simpatia e até com mais otimismo.

Bom, mudando radicalmente de assunto... depois de 5 dias entre nuvens e chão, cheguei em casa. Num ritmo corrido para que pudéssemos conhecer a Fábrica de Combustível Nuclear (FCN) localizada no distrito de Engenheiro Passos, no município de Resende e as Usinas Nucleares Angra I e II em Angra dos Reis nem sobrou tempo pra lamentar a ausência de um programinha mais light.

Mas valeu a pena, e como valeu. trabalho e aprendizado, sempre.

domingo, 6 de dezembro de 2009


Hoje poderia ser um dia qualquer, mas não é, hoje é o meu aniversário. É o dia que me permito confabular comigo mesma sem parecer insana, é o dia que desejo-me felicidades por estar mais velha, é um dia de agradecimentos.

Agradecimentos a Deus por ter me concedido dias e momentos felizes, o amor da minha família, o carinho dos meus amigos, os momentos difíceis que tive que enfrentar que me tornaram mais forte, as lágrimas nos olhos e o sorriso nos lábios.

Agradecimentos pela esperança cultivada em meu coração e a fé que não permite que meus sonhos se desvaneçam. Que minha alma continue amando as flores, o arco íris e o cheiro de terra molhada.E que eu possa no ano vindouro, parabenizar-me novamente. Afinal, Deus concedeu-me mais um ano de vida e de alegria.

PARABÉNS!!!FELIZ ANIVERSÁRIO PRA MIM!!!AFINAL EU MEREÇO!!!

sábado, 28 de novembro de 2009

Final do Projeto TAL, ufaaaa... uma missão dificil, porem prazeirosa. Apesar de todos os problemas que surgiram valeu a pena. E o Premio Nobel da Paciencia, instituido por mim, vai para a minha querida colega, parceira de projeto por ter conseguido suportar ate o final o estrelismo da nossa representante.
Pontos positivos - o convivio com os nossos escritores, as amizades conquistadas ao longo do percurso, os micos que tanto nos fizeram (e fazem) sorrir, o reconhecimento do nosso trabalho.
(note sem configuraçao da nisso - texto sem acentos, rssss)
Voltando pra casa...

domingo, 22 de novembro de 2009

Mas há a vida que é para ser intensamente vivida, há o amor.
Que tem que ser vivido até a última gota. Sem nenhum medo. – Não mata.

Clarice Lispector
Nem sempre andei assim
Nem sempre fui tristeza
Às vezes andei com os pés no chão
Às vezes fui certeza
Nem sempre quis ser só
Nem sempre quis ser seu
Às vezes quis evitar sem dor
A hora do adeus
Mas faz de conta que ainda há tempo
Que a noite é eterna
Mas faz de conta que o tarde é cedo
O agora não espera

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Respeito muito minhas lágrimas,
Mas, ainda mais minha risada.

A Paixão



Feito um vendaval, Paixão é a alucinação amorosa.
E os apaixonados são e duas espécies: os generosos, que se dão inteiramente, se jogando nas mãos do outro, e os possessivos, que querem que o outro se incorpore a eles convertidos em sombra viva.
Paixão, por isto, é arma de dois gumes.
E corta.
E Sangra.
. Se não sangrou, se não teve insônia, se não desesperou, paixão não era.
Talvez fosse desejo, que o desejo é diferente.
No desejo a gente quer o outro para possuir apenas, passageiramente. Na paixão, não.
Na paixão, a gente quer se fundir com o outro, para sempre.
E se o outro disser assim:
"Vai ali buscar aquela estrela para mim", a gente vai.
Se disser:
"Não estou gostando do seu nariz", a gente opera.
A paixão é boa? A paixão é ruim? Ninguém sabe.
Ela acontece.
Como certas tempestades ela acontece.
Assim como depois dos vendavais os elementos da natureza já não são os mesmos, ninguém é o que era depois do desvario da paixão.
Vidas renascem com paixões.
Outras viram cinza por causa dela. e há pessoas que são como aquela ave mítica, a Fênix, vivem renascendo das cinzas da paixão.
Karl Max, errou completamente.
Não é a luta de classes que move a história, é a paixão.
Paixão é a revolução a dois.
E toda a comunidade fica abalada.
F oi assim com Romeu e Julieta.
Foi assim com Tristão e Isolda.
Não é de hoje que reinos se fazem e se refazem por causa da paixão.
Existe diferença entre amor e paixão?
Existe.
No amor, claro que há luminosa coabitação.
Mas o amor é também paciente construção.
Já a paixão é arrebatamento puro e a voragem é tão grande que pode tudo se esgotar de repente.
Quantas vezes se apaixona numa vida?
Há gente que vive se inventando paixões para viver.
E há gente que organiza toda sua vida em torno de uma única e consumidora paixão.
Paixão é transgressão.
Quanto mais obstáculos inventarem,mais o apaixonado os saltará.
E o apaixonado não tem medo do ridículo .
O que lhe importa o mundose o seu mundo é apenas o mundo da pessoa amada?
A paixão tem cor.
É roxa.
E é vermelha.
Pressupõe morte e ressurreição.
Da paixão vivemos muito.
Da paixão morreremos sempre.

Affonso Romano de Sant'Anna

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Adoro viajar, aliás, quem não gosta? Viajar é tudo de bom, conhecer novos lugares, rever lugares bonitos, conhecer pessoas, compartilhar informações, sonhar com as próximas viagens, enfim, conjugar sempre que possível o verbo VIAJAR.
Por falar em viagem, invejo as pessoas que planejam cada momento pré viagem, aquelas pessoas que fecham as malas dois dias antes e que separam roupas e acessórios para o momento do embarque. Eu não consigo ser assim, sempre esqueço uma roupa que deveria estar na mala, um biquini comprado especialmente para aquele verão e a sandália maravilhosa que combina com todos os looks. Saio sempre atrasada e por muita sorte nunca perdí o bonde (leia-se, ônibus, avião ou carro que me levará ao destino.)
Insano quem congela num mundinho apenas vivendo para o trabalho como forma de sobrevivência e esquecendo que o que vale mesmo é isso aí... VIAJAR, concordo com Caetano Veloso - "viajar é preciso" e se viver já é uma viagem temos que perseguir nossos sonhos, acalentando os ideais, e por fim, simplesmente correr esse mundão de Deus.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009


Retorno ao Lar Doce Lar depois da final do 2º FACE.

Acabei me estressando com umas coisinhas que saíram do tom na ida, mas usei a técnica de contar até mil antes de mandar uma pessoa para os ares, isto para não mandar para outros lugares impublicáveis. Eu e minha mania de fazer tudo conforme o figurino... no fundo acabo é fazendo papel de autoritária e de mandona, e quem vive dando um jeitinho em tudo para levar pequenas vantagens fica de boazinha. Um dia eu aprendo, ah... se aprendo.

Bom, mas no final acabei curtindo um pouco mais, porque fiquei com meus pimpolhos e o restante da família... eu merecia, rsss...

domingo, 18 de outubro de 2009

Indiferença


O sentimento contrário ao amor não é o ódio, é a indiferença. A indiferença é a maneira polida de dizer a uma pessoa que ela deixou de ser importante, deixou de ocupar um espaço nas lembranças e no coração.
A indiferença não faz ninguém perder o sono, não aceita declarações nem reclamações.
A indiferença não tem cor, nem sabor, nem som.
Para sermos indiferentes a alguém não precisamos de nada. Ela pode escalar o Himalaia, engordar, emagrecer, escrever um best seller, gravar um cd ao lado do Kiss, ser condenada a prisão perpétua, ganhar fios de cabelos brancos, que nada disso nos interessa.
Ser indiferente não gasta energia, simplesmente por que a pessoa deixa de existir. Não precisamos de coração, olhos, boca, sentimentos para testemunhar quem evaporou, sumiu, escafedeu... deixou de ter uma face, um endereço, um número de telefone, uma referência.
O ódio e o amor habitam o mesmo universo, já a indiferença é um exílio no deserto.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A piedade

A piedade é arte de inferiorizar o ser humano. Os problemas são naturais na vida, nada mais do que um convite à luta para transpor a própria limitação. Viver da caridade alheia não passa de uma vampirização. Todavia, a piedade não se confunde com a ajuda necessária a uma pessoa querida. Também não se confunde com a indulgência, de que LaVey menciona.
O poeta D. H. Lawrence assim se expressa: “Nunca vi um animal sentir pena de si mesmo. O pássaro cai congelado do galho sem nunca ter sentido pena de si mesmo.” A compaixão pelos outros já é perniciosa, por si mesmo é pior ainda. É que a compaixão é um sentimento que nada contribui para ninguém.
De acordo com Nietzsche, “O Cristianismo é chamada a religião da piedade. A piedade se opõe a todas as paixões revigorantes que aumentam a sensação de viver: é deprimente. Por obra da piedade, aquele esgotamento de forças que acarreta o sofrimento é multiplicado mil vezes. A piedade torna o sofrimento contagioso; em certas circunstâncias, pode levar a um total sacrifício da vida e da energia vital.”
Você pode ajudar alguém da sua estima, mas não sinta compaixão por ela, pois estará inferiorizando uma pessoa que não merece tal tratamento. Dê-lhe ânimo, força de vontade, mostre a pessoa o caminho para melhorar a sua qualidade de vida. Aja justamente na direção inversa.
Quanto à auto-compaixão, lembre-se de que você é um ser cheio de possibilidades e este sentimento não leva à nada, a não ser se manter num patamar inferior ao das demais pessoas. Os problemas, as crises, são salutares, uma vida sem problemas seria insípida. Observe e analise o problema, seja criativo e produtivo!
Uma crise anda de mãos dadas com uma grande oportunidade. É capaz de promover, às vezes, até uma mudança radical na sua vida. Não tema o novo. Tema, sim, padrões mortos e obsoletos, a mesmice que nada lhe acrescenta. Fala a sabedoria oriental que Se o destino te lança uma faca, há duas maneiras de apanhá-la: pela lâmina ou pelo cabo. Apanhe-a sempre pelo cabo.
A auto-compaixão é a grande aliada do embuste e sempre alimenta a auto-ilusão. Se você errou, é natural que reconheça o seu erro e não o cometa de novo. Por que esconder algo que lhe serviu de uma grande lição? Contudo, a sociedade desaprova de modo geral o reconhecimento do erro como demonstração de fraqueza. Então ninguém sai por aí apontando os seus próprios defeitos, basta o reconhecimento sincero diante de si mesmo.
Já dizia Nietzsche – “Todos os valores nos quais a humanidade coloca as suas mais altas aspirações são valores de decadência.”

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Eu sei, mas não devia

"A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma. "
Marina Colassanti

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Amigos

Se me perguntassem o que sinto pelos meus amigos, eu certamente diria que os amo no sentido mais amplo possível da palavra. Tenho poucos amigos, porém, a quantidade não preocupa, e sim, a qualidade.
Com meus amigos iria a qualquer lugar desde a Via Láctea a Pasárgada na certeza de que estaria em boa companhia.
Com meus amigos qualquer conversa é interessante, desde os papos transcendentais na varanda a conversa descompromissada numa mesa de bar, degustando um bom vinho.
Meus amigos têm um quê de Fernando Pessoa, poetas de um mundo onde tudo vale a pena quando a alma não é pequena. Têm um lado alequinal de pierrôs e colombinas e um lado prático feijão com arroz.
Meus amigos amam o sol, a lua, o mar, amam ainda flores, almofadas de cetins e shoppings.
Meus amigos falam besteiras, confundem Sócrates com Platão, discutem Friedrich Nietzsche, Paulo Freire e a economia globalizada
Como bem disse o compositor Renato Russo: Eu não preciso de modelos, não preciso de heróis, tenho meus amigos.

terça-feira, 6 de outubro de 2009


Meu riso é tão feliz contigo...

Carneiros e serpentes

“As pessoas boas devem amar seus inimigos”. Mas ela não diz nada sobre os idiotas.
Outro dia lí um artigo de Danuza Leão, nele ela afirma que morre de medo das pessoas que gritam e se enfurecem, e quando enfurecidas ficam desfiguradas, como o Collor quando contrariado. Ao contrário da Danuza, essas pessoas não me assustam porque no fundo a gente já sabe o que esperar delas.
Eu tenho medo é das pessoas de fala mansa, de olhar doce, de gestos pequenos e calculados, essas, eu confesso: morro de medo. Essas pessoas costumam ser falsas, cínicas, medíocres. Precisam sempre se portar de boazinhas, quando não de vítimas, para angariar afeição, pois por si só não despertam nenhum sentimento.
Pessoas assim são fracas e fracassadas, incapazes de construir algo de positivo na vida culpam os que vivem ao seu redor, quando deveriam era render-lhes graças todos os dias, por carregar um fardo pesado como elas. Ou então culpam o mundo, tão mais fácil eximir-se de qualquer responsabilidade e assumir a covardia...
Sim, tenho medo dessas pessoas, pra dizer a verdade, pelo (agora sem acento, rsss) de medo pois essas pessoas são perigosas, verdadeiras serpentes travestidas de mansos e lindo carneirinhos, eu tenho medo dos carneirinhos.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

PRIMAVERA

A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.


Texto extraído do livro "Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1998, pág. 366.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Adoro essa sua cara de sono
E o timbre da sua voz
Que fica me dizendo coisas tão malucas
E que quase me mata de rir
Quando tenta me convencer
Que eu só fiquei aqui
Porque nós dois somos iguais
Até parece que você já tinha
O meu manual de instruções
Porque você decifra os meus sonhos
Porque você sabe o que eu gosto
E porque quando você me abraça
O mundo gira devagar
E o tempo é só meu
E ninguém registra a cena
De repente vira um filme
Todo em câmera lenta...

sexta-feira, 18 de setembro de 2009


Há muito deixei de acreditar nas pessoas que teimam em se apresentar com aquela auréola angelical, aquelas que estão sempre com um sorriso nos lábios e uma palavra doce emitida por uma voz baixa e tranquila. Tomei verdadeiro pavor dessas pessoas dissimuladas e ando mais atenta, com os dois pés atrás com quem sorri demais e com quem concorda quase sempre com tudo o que eu digo.
Pessoas dissimuladas são egoístas e buscam companhia com alguma intenção, quando perdem o interesse ou conseguem o que querem eles simplesmente lhes dão as costas, traem a sua confiança e mostram quem realmente são. É comum estas pessoas percorrerem o caminho de volta, em busca da sua atenção e do seu carinho, está implícito alí a sua carência, sua insegurança e a necessidade de manter por perto alguém que por algum motivo lhe poderá ser útil algum dia.
Estou aprendendo a identificar quem vale a pena ter mais próximo, saber quem são os amigos de verdade, aqueles que podemos ter por irmãos nos momentos de angústia, aqueles que merecem a confiança total porque nunca, em momento algum trairia o seu afeto.
Confiar é atirar-se do precipício na certeza de criar asas e voar, é seguir de olhos vendados ...

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Paciência tem limite

A paciência
Reconheço a importância e o valor da paciência, Saber esperar o curso natural das coisas é, sem dúvida, uma virtude que todos devemos cultivar. Mas isso não significa ficar passivo diante de algumas situações. A minha paciência é do tamanho da minha ansiedade mas nunca desejei que a Terra girasse em seu eixo em menos de 24 horas, nem que o bebê nascesse aos quatro meses e caminhasse em 10 semanas, reconheço a necessidade e a importância da paciência, mas convenhamos, esta virtude quando confrontada com o desrespeito, a preguiça, o desinteresse, a covardia, a mentira, e outros inimigos perde força abrindo espaço para a prudência e para a indignação.
Sabe aquela frase: Paciência tem limite? Pois bem... há muito cheguei ao meu limite e descobri que em algum lugar dentro de mim existe uma garota má, o que não me preocupa, pelo contrário, me faz sentir muito bem. Cansei dessa mania feminina de contentar a todos o tempo todo, cansei de bancar a compreensiva, a boazinha, a doce e ter que aturar problemas alheios, adotar problemas alheios, viver problemas alheios, enquanto os meus flutuam por aí sem receberem a menor atenção nem o menor sinal de interesse.
Paciência tem limite e a minha esgotou.
Basta!

sábado, 5 de setembro de 2009

Muita correria, o tempo conspirando contra, imprevistos fora do script... tudo isso tivemos que enfrentar para colocar em prática o final do projeto - o Sarau Literário e o Festival da Canção Estudantil. Os últimos dias foram de tensão, 10 municípios participando, 40 alunos estressados e estressantes. Mas o resultado não poderia ter sido melhor, tudo saiu conforme o planejado e o reconhecimento veio em forma de palavras, todos elogiaram o trabalho. Ter o reconhecimento de um "júri" tão rígido quanto a opinião pública não é fácil. Por isso a minha satisfação pelo dever cumprido.

Amor é outra coisa


O amor não é algo que te faz sair do chão e te transporta para lugares que nunca tenha visto.
O nome disso é avião. O amor é outra coisa.
O amor não é uma coisa que esconde dentro de vc e não mostra para ninguém.
Isso se chama vibrador tailandês de três velocidades. O amor é outra coisa.
O amor não é uma coisa que te faz perder a respiração e a fala.
O nome disso é bronquite asmática. O amor é outra coisa.
O amor não é uma coisa que chega de repente e te transforma em refém.
Isso se chama seqüestrador. O amor é outra coisa.
O amor não é uma coisa que você pode prender ou botar pra fora de casa quando bem entender.
Isso se chama cachorro. O amor é outra coisa.
O amor não é uma coisa que lançou uma luz sobre você, te levou pra ver estrelas e te trouxe de volta com algo dele dentro de ti.
Isso se chama alienígena. O amor é outra coisa.
O amor não é uma coisa que desapareceu e que, se encontrado, poderia mudar o que está diante de você.
Isso se chama controle remoto de TV. O amor é outra coisa.
“O amor é simplesmente… o amor.”

sábado, 22 de agosto de 2009

Para ouvir na varanda...



E nós que nem sabemos quanto nos queremos

Que nem sabemos tudo que queremos

Como é difícil o desejo de amar
Você que nem me soube quanto eu quis

Que não coube, não me viu raiz

Nascendo, crescendo nos terrenos seus
Eu da janela olhando a lua, perguntando a lua

Onde você foi amar?
E nós que nem soubemos nos querer de vez

Estamos sós, laçados em dois nós

Um que é meu beijo o outro é o lábio seu
Não sei sair cantando sem contar você

Que eu sei cantar, mas conto com você

Que eu vou seguir, mas vou seguir você
Queria que assim sabendo se a gente se quer

Queria me rimar no seu colo mulher

Vencer a vida donde ela vier
Ganhar seuChegar no chegar meu

Dar de mim o homem que é seu

terça-feira, 11 de agosto de 2009

"Para ser intolerante é necessário ser extraordinariamente forte ou louco." (Nicolas Chamfort)
Não sendo extraordinariamente forte, admito minha loucura, mas não abro mão das minhas intolerâncias.
Sou pouco tolerante, mas nada que não dê pra relevar, pra se ter uma ideia, tolero falta de grana, tolero ciúmes, tolero chatice, tolero amigos chatos, tolero boteco com amigas... Mas certas coisas não descem e me tiram do sério, e me fazem descer do salto, esquecer qualquer resquício de educação familiar, por exemplo: falta de caráter, mentira, enrolação, chefe que não sabe P nenhuma se passando por líder, amigos que só aparecem quando precisam de alguma coisa ou de algum favor. Não tolero essa política suja, não tolero a impunidade que insiste em reinar e que não dá mostras de cansaço. Não tolero a violência a que exposta a população deste País. Não tolero injustiça. Não tolero criança mimada. Não tolero também quem se acha cheio de razão e vive definindo o que é certo e o que é errado de forma unilateral. Ah! Não tolero também rotulagens... acho que é isso ... depois lembro de outras intolerâncias e completo este post meio intolerante.

sábado, 8 de agosto de 2009

Só de Sacanagem

Texto de Elisa Lucinda
Meu coração está aos pulos! Quantas vezes minha esperança será posta a prova? Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro. Do meu dinheiro, do nosso dinheiro que reservamos duramente pra educar os meninos mais pobres que nós, pra cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais. Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta a prova? Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais? É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração tá no escuro. A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e todos os justos que os precederam. 'Não roubarás!', 'Devolva o lápis do coleguinha', 'Esse apontador não é seu, minha filha'. Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar! Até habeas corpus preventiva, coisa da qual nunca tinha visto falar, sobre o qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará!
Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear! Mais honesta ainda eu vou ficar! Só de sacanagem!Dirão: 'Deixe de ser boba! Desde Cabral que aqui todo mundo rouba!E eu vou dizer: 'Não importa! Será esse o meu carnaval! Vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos.' Vamo pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo, a gente consegue ser livre, ético e o escambal.Dirão: 'É inútil! Todo mundo aqui é corrupto desde o primeiro homem que veio de Portugal!'E eu direi: 'Não admito! Minha esperança é imortal, ouviram? Imortal!'Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a gente quizer, vai dar pra mudar o final!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009


Você é sol,
Eu sou lua.
Minha vida na vida sua...
Você é cheiro de mato, orvalho
Sou metrópole, asfalto
Impulsiva
Explosiva
Indecisa
A sua calma
Me acalma a alma.
Tão diferentemente iguais
E nessa diferença conseguimos ser tão felizes !

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Algumas pessoas estranham quando eu afirmo que não curto tanto Caetano Veloso como a maioria dos mortais afirmam gostar. Não que eu não goste dele, até gosto, mas cá pra nós, algumas composições dele são enfadonhas, chatas até.
Por exemplo, alguém consegue se emocionar com "gosto muito de você leãozinho, caminhando sob o sol..." ? Eu não vejo nada demais nessa música. Outra que pra mim não quer dizer absolutamente nada: Cajuína "E éramos olharmo-nos intacta retina, a cajuína cristalina em Teresina", eu nem sei o que é cajuína. ignorância? Talvez seja, mas tanta coisa pra se dizer numa música...
Há um tempo atrás, tive oportunidade de vê-lo " a paisana" foi num show de Margareth Menezes no extinto Rock In Rio Cafe, casa noturna das mais badaladas do Aeroclube no seu apogeu, ele estava lá como um expectador qualquer apreciando o vozeirão da negona. Bem, acabei não resistindo e me aproximei, falei qualquer bobagem tipo: sou sua fã, blá blá, blá e ele foi de uma simpatia ímpar, até achei que depois desse encontro casual me tornaria realmente sua fã número um, ledo engano, continuo achando-o um bom cantor e um bom compositor, mas nenhuma brastemp e me desculpem os "caetanistas" de plantão.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Eu aprendi, que ignorar os fatos não os altera; Eu aprendi que quando você planeja se nivelar com alguém, apenas esta permitindo que essa pessoa continue a magoar você; Eu aprendi que o amor, e não o tempo, é que cura todas as feridas; Eu aprendi que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa; Eu aprendi que a vida é dura, mas eu sou mais ainda; Eu aprendi que as oportunidades nunca são perdidas; alguém vai aproveitar as que você perdeu. Eu aprendi que quando o ancoradouro se torna amargo a felicidade vai aportar em outro lugar; Eu aprendi que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito; Eu aprendi que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a; Eu aprendi que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer.

- (William Shakespeare )

domingo, 26 de julho de 2009

Como é bom estar de volta... adoro regressar para o meu lar, mesmo quando me ausento por pouco tempo, embora este pouco tempo se transforme em uma eternidade quando estou longe.
Foram duas semanas corridas, aulas em tempo integral, muito conteúdo e a luta contra o tempo, isso de certa forma acabou por amainar a saudade e a falta do aconchego do meu lar.
Mas foi gratificante, conheci novas pessoas; colegas e professores, trocamos informações, estabelecemos laços de amizade, além, é claro de conhecimento.
Mal chego e já tenho que me preparar para a maratona de trabalho. Mês que vem serão realizados o festival e o sarau que vão culminar os projetos FACE e TAL, muita trabalheira pela frente e é claro, muita cobrança também (cobrar é tão mais fácil...), mas tudo bem, bola pra frente, porque o tempo não pára e navegar é preciso (ou impreciso?) Rss...

De volta pra casa

Estou de volta pro meu aconchego
Trazendo na mala bastante saudade
Querendo
Um sorriso sincero, um abraço,
Para aliviar meu cansaço
E toda essa minha vontade
Que bom,
Poder tá contigo de novo,
Roçando o teu corpo e beijando você,
Prá mim tu és a estrela mais linda
Seus olhos me prendem, fascinam,
A paz que eu gosto de ter.
É duro, ficar sem você
Vez em quando
Parece que falta um pedaço de mim
Me alegro na hora de regressar
Parece que eu vou mergulhar
Na felicidade sem fim...

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Gente, o relógio do pc pirou... são 09:01 h e eis que a postagem anterior - postada ainda agorinha saiu com o horário das 4 horas da madruga. Coisas de JP... rsss

terça-feira, 21 de julho de 2009

Nunca haverá um cabelo como o de Farrah



Farrah Fawcett morreu.
A morte da mais bela e loura pantera passou quase despercebida, ofuscada pela morte de outra estrela de maior grandeza no mundo dos holofotes.
Mas da minha geração, tenho erteza que todas se lembram daquela mulher lindíssima, de corpo perfeito, sorriso maravilhoso a mais bela e a melhor de todas que compunham o trio.
Ela era linda, mas o cabelo... ah! O cabelo, sonho de consumo de 10 entre 10 mulheres.
Farrah Fawcett morreu. Mas a escova para fora viverá para sempre!

Que fim levaram todas as flores?


Que fim levaram todas as flores?
Que o preto velho me contava
Que fim levaram todas as flores?
Que a rainha louca não gostava
Que a lapela morta carregava
Que o olhar de todos me lembrava

Que fim levaram todas as flores?
Que qualquer coisa não estragava
Em qualquer dia que podia
Com grande amor e alegria
Que fim levaram todas as flores?
Que a criança às vezes me pedia

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Achei tão bonitinho o texto abaixo que resolvi postar. O autor foi muito feliz nas colocações, realmente, algumas coisas estão meio que fora de moda, mas vale a pena ser cafona.

Coisas fora de moda

Se não estivesse tão fora de moda, eu iria falar de "Amor”. Daquele amor sincero, olhos nos olhos, frio no coração, aquela dorzinha gostosa de ter muito medo de perder tudo... Daqueles momentos que só quem já amou um dia conhece bem... Daquela vontade de repartir, de conquistar todas as coisas, mas não para retê-las no egoísmo material da posse, mas para doá-las, no sentimento nobre de amar...

Se não estivesse tão fora de moda, eu iria falar em "Sinceridade"... Sabe aquele negócio antigo de fidelidade, respeito mútuo e aquelas outras coisas que deixaram de ter valor… Aquela sensação que embriaga mais que a bebida, que é ter numa só pessoa, a soma de tudo que, às vezes, procuramos em muitas...

A admiração pelas virtudes e a aceitação dos defeitos, mas, sobretudo, o respeito pela individualidade, que até julgamos nos pertencer, mas que cada um tem o direito de possuir... Se não estivesse tão fora de moda, eu iria falar em "Amizade”. Na amizade sincera que deve existir entre duas pessoas que se querem bem...

O apoio, o interesse, a solidariedade de um pelas coisas do outro, e vice-versa. A união além dos sentimentos, a dedicação de compreender, para depois gostar... Se não estivesse tão fora de moda, eu iria falar em "Família”. Sim... “Família”... Essa instituição que, ultimamente, vive à beira da falência, sofrendo contínuas e violentas agressões:
pai, mãe, irmãos, filhos, casamento, lar...

Família…, aquele bem maior de ter uma comunidade unida pelos laços sangüíneos e protegidas pelas bênçãos divinas… Um canto de paz no mundo, o aconchego da morada, a fonte de descanso e a renovação das energias, realização da mais sublime missão humana de seqüenciar a obra do Criador... E depois eu iria, até quem sabe, falar sobre algo como... a "Felicidade"…

Mas é uma pena que a felicidade, como tudo mais, há muito tempo, já esteja tão fora de moda e tenha dado seu lugar aos modismos da civilização…

Ainda assim, desejo que sua vida seja repleta dessas questões tão fora de moda e que, sem dúvida, fazem a diferença !!!

RIVALCIR LIBERATO

quarta-feira, 15 de julho de 2009

coisas que naturalmente se atraem:

Nariz e dedo
Pobre e funk
Mulher e vitrines
Homem e cerveja
Queijo e goiabada
Chifre e dupla sertaneja
Carro de bêbado e poste
Tampa de caneta e orelha
Moeda e carteira de pobre
Tornozelo e pedal de bicicleta
Jato de mijo e tampa de vaso
Leite fervendo e fogão limpinho
Político e dinheiro público
Dedinho do pé e ponta de móveis
Camisa branca e molho de tomate
Tampa de creme dental e ralo de pia
Café preto e toalha branca na mesa
Dezembro na Globo e Roberto Carlos
Show do KLB e controle remoto (Para mudar de canal)
Chuva e carro trancado com a chave dentro
Dor de barriga e final de rolo de papel higiênico
Bebedeira e mulher feia
Mau humor e segunda-feira!
Bom humor e a SEXTA - FEIRA!!!

Atitude

O colunista Sydney Harris (EUA) acompanhava um amigo à banca de jornal.
O amigo cumprimentou o jornaleiro amavelmente, mas como retorno recebeu um tratamento rude e grosseiro.
Pegando o jornal que foi atirado em sua direção, o amigo de Sydney sorriu atenciosamente e desejou ao jornaleiro um bom final de semana.
Quando os dois amigos desciam pela rua, o colunista perguntou:
- Ele sempre te trata com tanta grosseria?
- Sim, infelizmente é sempre assim.
- E você é sempre tão atencioso e amável com ele?
- Sim, sou.
- Por que você é tão educado, já que ele é tão rude com você?
- Porque não quero que ele decida como eu devo agir. Nós somos nossos 'próprios donos'. Não devemos nos curvar diante de qualquer vento que sopra, nem estar à mercê do mau humor, da mesquinharia, da impaciência e da raiva dos outros. Não são os ambientes que nos transformam, e sim nós que transformamos os ambientes!

Humor negro

Rir faz bem para a saúde


O hábito de rir ultrapassa os limites da alegria, auxilia pessoas que apresentam quadros depressivos e síndrome do pânico. Segundo pesquisadores, a risada expande as artérias e o estresse mental as contrai.

Liberação do ar, contração do diafragma e estímulo das cordas vocais são resultados sentidos em todo o corpo, depois de uma boa risada. Vários estímulos são percebidos ao rir, e estes percorrem por todo o cérebro, essencialmente a parte do comportamento que está ligada a região frontal do mesmo, estimulando assim as áreas motoras da face e de outras partes do corpo. A melhoria do equilíbrio da neurotransmissão é favorecida através da liberação de endorfinas. A risada pode elevar o astral, a auto-estima e o amor próprio das pessoas.

A pessoa bem humorada encontra respostas criativas, quando o lado direito do cérebro é estimulado, ele consequentemente desperta a intuição, o sentimento, a percepção e a sensação.

terça-feira, 14 de julho de 2009


Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.

William Shakespeare
Hoje eu estou dramática, ficar longe de casa, longe das pessoas que amo e do meu cantinho, me deixa assim... dramática, melancólica, macambúzia, repetitiva. Mas fazer o que... é o meu atual estado de espírito, deixa que eu desabafe a minha dor.
Tá bom, não é uma dor tão lancinante assim, afinal, serão só mais 12 dias, e dá pra sobreviver sem maiores traumas.
Mudando de assunto, encontrei um texto lindo da Martha Medeiros, ei-lo:

A DOR QUE DÓI MAIS

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Doem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.

Martha Medeiros

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Da solidão

Há muitas pessoas que sofrem do mal da solidão.
Basta que em redor delas se arme o silêncio,
que não se manifeste aos seus olhos
nenhuma presença humana,
para que delas se apodere imensa angústia:
como se o peso do céu
desabasse sobre a sua cabeça.
como se em todos horizontes
se levantasse o anúncio do fim do mundo.
No entanto, haverá na Terra verdadeira solidão?
Não estamos todos
cercados por inúmeros objetos,
por infinitas formas da Natureza
e o nosso mundo particular
não está cheio de lembranças,
de sonhos, de raciocínios,
de idéias que impedem uma total solidão?
Tudo é vivo e tudo fala em redor de nós,
embora com vida e voz que não são humanas,
que podemos aprender e escutar,
porque muitas vezes
essa linguagem secreta
ajuda a esclarecer o nosso próprio mistério.

Cecília Meireles

Reinício


Muita gente nem acreditou quando eu disse que ia permancer aqui para a especialização em Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa e da Literatura, pois não escondo de ninguém que não curto nem um pouquinho o fato de me ausentar de casa durante duas longas semanas nesta época do ano. Mas foi necessário tomar esta decisão, vou sobreviver... rs.
As aulas começam hoje a tarde, já andei dando uma olhada nos horários e o ritmo será puxado, mas já estou acostumada, acho até bom assim o tempo passa mais rápido.
É muito ruim estar a milhas e milhas distante dos meus amores...

TCC apresentado... Nota máxima!!!!


Não cultivo a falsa modéstia, razão pela qual não esperava nota menor que a máxima, rs... foram meses de trabalho, de pesquisas e de estudo, fiz e refiz meu tcc - memorial, por exigência da faculdade - várias vezes e o resultado escrito ficou excelente. A preoupação maior passou a ser a apresentação.
Contei com a ajuda da filhota e do meu irmão na elaboração dos slides - sou analfabyte - com os slides a apresentação ficou mais interessante, mais leve e ao concluir percebi a satisfação das professoras da banca.
A coordenadora do TCC - profª Luciana, fez questão de me parabenizar e destacou que o mesmo será publicado na Revista Acadêmica da Faculdade. Nem preciso dizer o quanto fiquei feliz.
Só lamentei a ausência da minha família, sei o quanto torceram por mim, mas fiz questão de dedicar o trabalho ao meu marido e filhos, longe fisicamente mas dentro do meu coração.
O esforço compensou.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Moda brega






Que atire o primeiro chiclete ploc, quem da minha geraçao nunca usou:

# Saia balone - o cumulo do mal gosto, ridicual
# Calça baggy - nos deixava parecendo palahças, mas na epoca ninguem achava isto.
# Blusa de manga morcego - tem quem use ainda hoje
# Polainas de la - fala serio...
# Calça fuseau - aquela apertadinha com o cos la em cima ... horrorosa!!!!

Nao sei oque fizeram com os acentos deste pc...
“A casa da saudade chama-se memória: é uma cabana pequenina a um canto do coração“

(Henrique Maximiliano Coelho Neto)

A casa da saudade chama-se memória… Algumas vezes escolho ir até lá, mas em outras sou tragada, assustada, sem nem ao menos perceber, para dentro dela. Em algumas dessas visitas inusitadas estou num cômodo que rouba um sorriso dos meus lábios. Foi em fração de segundos que me descobri ali, experimentando uma sensação gostosa que rompe em riso e, no auge da alegria, faz brotar uma lágrima, motivando-me a celebrar a vida, escrevendo a alguém “só” pela gratidão de tê-lo em minha história. Outras vezes, o lugar que visito não é tão agradável… Ou o é, não sei… É estranho quando isso acontece, o coração aperta, revela a incerteza de como cheguei até lá, e não sei muito bem o que vou encontrar. Esse cômodo, por mais que tenha tanta vida e me brinde com doces bolhas de boas memórias, traz a certeza do nunca mais. É ai que as lágrimas se multiplicam e molham os lábios, que teimam em sorrir, ao olhar o bom que houve. Não é possível escrever com gratidão, restando uma oração silenciosa, que parece me transportar dali e me fazer descansar em paz. Celebrar a vida, dessa vez, é perseguir o exemplo e fazer nascer sementes… Flores e frutos que não morrerão, já que a vida fala mais alto que a morte. Nesse entra e sai da memória, em que você não escolhe fato, momento, pessoa ou lugar, descobre-se, enfim, que a vida, a cada instante, deve ser celebrada. Aumentam-se, assim, os cômodos, eternizando aquilo que é precioso e mantendo aquecido e afinado o canto do coração.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Acende uma fogueira no meu coração...


Festas Juninas no Nordeste
Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma grande expressão. O mês de junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura.

Além de alegrar o povo da região, as festas representam um importante momento econômico, pois muitos turistas visitam cidades nordestinas para acompanhar os festejos. Hotéis, comércios e clubes aumentam os lucros e geram empregos nestas cidades. Embora a maioria dos visitantes seja de brasileiros, é cada vez mais comum encontrarmos turistas europeus, asiáticos e norte-americanos que chegam ao Brasil para acompanhar de perto estas festas.

Comidas típicas
Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha, cural, milho cozido, canjica, cuzcuz, pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos.
Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bombocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais.

Tradições

As tradições fazem parte das comemorações. O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas. Os balões também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam.
No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros.

domingo, 21 de junho de 2009

Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.

SAUDADE

Saudade rima com eternidade e não por acaso, pois todas as saudades são eternas. Saudades de quem já partiu, saudades de quem nem chegou... saudades de um tempo passado, saudades de um animal de estimação, saudades de um quintal cheio de árvores frutíferas, saudades do cheirinho de lavanda de bebê... enfim...saudades, vocábulo único só existente na língua portuguesa e que tão bem representa este sentimento sombrio sem atenuantes. Saudade significa uma perda definitiva e dilacera o coração.
Outro dia lí que a palavra saudade deve ter sido criada na época das grandes navegações, para expressar o sentimento da mãe ou da esposa do explorador que ia para o outro lado do mundo e provavelmente não voltaria jamais. O fado é a música da saudade, do luto. Uma música onde a dor da ausência sangra numa ferida exposta.
Por isso tento restringir o uso da palavra “saudade”. Saudade é de quem morreu, ou de quem mudou tanto que ficou irreconhecível.
Confesso que às vezes tenho saudades de mim...

domingo, 14 de junho de 2009


Gosto muito do Luis Fernando Veríssimo, comecei com algumas crônicas e acabei chegando aos livros. Excelente escritor…Hilário na maioria das vezes e por conta dessa admiração o homenageio com o texto abaixo da s

Tudo mudou...

O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss

O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib
Que virou silicone

A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
"Problemas de moça" viraram TPM
Confete virou MM

A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose.
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou mousse

Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal

Ninguém mais vê...

Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service

A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão

O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD

A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email

O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do "não" não se tem medo
O break virou street

O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também

O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico
Bicicleta virou Bis
Polícia e ladrão virou counter strike

Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato

Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...

A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!

A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...

... De tudo.

Inclusive de notar essas diferenças

sábado, 6 de junho de 2009

Eu triste sou calada
Eu brava sou estúpida
Eu lúcida sou chata
Eu gata sou esperta
Eu cega sou vidente
Eu carente sou insana
Eu malandra sou fresca
Eu seca sou vazia
Eu fria sou distante
Eu quente sou oleosa
Eu prosa sou tantas
Eu santa sou gelada
Eu salgada sou crua
Eu pura sou tentada
Eu sentada sou alta
Eu jovem sou donzela
Eu bela sou fútil
Eu útil sou boa
Eu à toa sou tua.

Martha Medeiros

Viver com elegância

Muita gente acha que ser elegante é “andar” na moda ou ter dinheiro. Nada disso é verdade. A moda hoje favorece todo tipo de orçamento. É apenas uma questão de informação e estilo.
Embora moda e elegância coexistam, são bem distintas. Uma pessoa pode ser totalmente fashion e não possuir um “pingo” de elegância. Muito além da aparência, a elegância tem a ver com atitudes.
Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É uma elegância desobrigada.
É possível detecta-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detecta-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas.
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detecta-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece.
É quem presenteia fora de datas festivas.
É quem cumpre o que promete.
E, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando, e só depois manda dizer se está ou não está.
Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante você fazer algo por alguém, e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer...
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
É elegante o silêncio, diante de uma rejeição...
Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter visão generosa do mundo, a estar nele de forma não arrogante. É elegante a gentileza... atitudes gentis falam mais que mil imagens...
Abrir a porta para alguém... é muito elegante.
Dar o lugar para alguém sentar... é muito elegante.
Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado a alma...
Oferecer ajuda é muito elegante.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imita-la é improdutivo.
Olhar nos olhos ao conversar, é essencialmente elegante.
A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para nosso lado brucutu, que acha que “com amigo não tem que ter estas frescuras”.
Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que irão desfruta-la.
Educação enferruja por falta de uso.
E, detalhe, não é frescura.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Essa canção é mais que mais uma canção
Quem dera fosse uma declaração de amor
Romântica, sem procurar a justa forma
Do que me vem de forma assim tão caudalosa
Te amo, te amo, eternamente, te amo
Se ma faltares, nem por isso eu morro
Se é pra morrer quero morrer contigo
E a solidão se sente acompanhada
Por isso às vezes sei que necessito
Teu colo, teu colo, eternamente, teu colo
Quando te vi, eu bem que estava certo
De que me sentiria, descoberto
A minha pele vai despindo aos poucos
Me abres o peito, quando me acumulas
De amores, de amores, eternamente, de amores
Se alguma vez me sinto derrotado
Eu abro mão do sol de cada dia
Rezando o credo, que tu me ensinaste
Olho teu rosto e digo a ventania
Yolanda, Yolanda, eternamente, Yolanda

Planeta Verde


Segundo o Livro Sagrado, quando Deus criou o homem o mundo já estava pronto, Isto nos leva a crer, que ao homem, por ter-lhe sido concedida também a inteligência, foi lhe dada a responsabilidade de administrar o planeta Terra e tudo nele já existente.
Não sou uma especialista em meio ambiente, mas em tempos em que tanto se discute a importância da preservação do meio todos nós temos este encargo social, independente de posição social e nível cultural. Como educadora acredito que tais noções de preservação devem iniciar desde muito cedo buscando formar na criança a conscientização sobre a importância e a necessidade de preservarmos o nosso meio, incentivando jovens e adultos que abracem a causa e assim, se tornarem verdadeiros ativistas e formadores de opinião.
Não me refiro aqui aos "verdes" de plantão, aos sensacionalistas que buscam na causa a promoção pessoal de forma hipócrita, cujos discursos oscilam conforme a sua conveniência. Nenhuma referência ainda aos radicais que empunham bandeiras do anti-capitalismo e anti-consumismo, mas que se agrupam em ONGs e crescem em termos de estrutura e divulgação, como grandes instituições, custeados por multinacionais e que trilham uma rota menos ideológica e mais contaminada por interesses não estritamente ambientalistas.
Há que se formar uma nova consciência, lembrando que a nova batalha do século XXI deverá ser pela ética dentro dos movimentos ambientalistas, uma luta muito mais difícil porque envolve não apenas o caráter e a consistência dos objetivos do homem . A luta pela preservação do meio ambiente não deve ser apenas tema em reuniões de engravatados nem assunto em datas específicas, deve sim, fazer parte do nosso cotidiano, uma lição de casa a ser refeita todos os dias, seja no nosso quintal, no nossa jardim ou na nossa varanda.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Outro dia conversava com uma amiga de longas datas sobre as nossas peripécias da época da faculdade - ocasião em que nos conhecemos e tornamos amigas inseparáveis. Por um desses caprichos que o destino nos prega, acabamos por nos separar nos encontrando esporadicamente quando ela vem aqui ou eu vou lá. Recentemente nos encontramos tendo a vista da Marina Bahia como fundo paisagístico, e as muitas lembranças como assunto principal.
E em meio às lembranças aventamos a possibilidade de um reencontro com aquela turma do Curso de Letras da UNEB, uma festa com todas as pompas dignas das grandes memórias. Diante das ocupações ficamos apenas na possibilidade desse reencontro, pois para realiza-lo íamos precisar de tempo necessário para localizar os que se perderam, depois providenciar o local, a data, o orçamento, os convites, etc, etc...
Desistimos da ideia, preferimos ficar com as lembranças daquela época, com as fotos já amareladas de antigos álbuns. Na verdade todos nós mudamos, os anos trazem a maturidade visível e como diz a minha amiga: Fiquemos com as lembranças do passado, melhor não estraga-las com imagens presentes, rrsss...

domingo, 24 de maio de 2009

Et si tu n'existais pas
Dis-moi pourquoi j'existerais
Pour traîner dans un monde sans toi
Sans espoir et sans regret
Et si tu n'existais pas
J'essaierais d'inventer l'amour
Comme un peintre qui voit sous ses doigts
Naître les couleurs du jour
Et qui n'en revient pas

Et si tu n'existais pas
Dis-moi pour qui j'existerais
Des passantes endormies dans mes bras
Que je n'aimerais jamais
Et si tu n'existais pas
Je ne serais qu'un point de plus
Dans ce monde qui vient et qui va
Je me sentirais perdu
J'aurais besoin de toi

Et si tu n'existais pas
Dis-moi comment j'existerais
Je pourrais faire semblant d'être moi
Mais je ne serais pas vrai
Et si tu n'existais pas
Je crois que je l'aurais trouvé
Le secret de la vie, le pourquoi
Simplement pour te créer
Et pour te regarder

Et si tu n'existais pas
Dis-moi pourquoi j'existerais
Pour traîner dans un monde sans toi
Sans espoir et sans regret
Et si tu n'existais pas
J'essaierais d'inventer l'amour
Comme un peintre qui voit sous ses doigts
Naître les couleurs du jour
Et qui n'en revient pas.

Sou urbana


Preciso confessar algo: sou urbana, gosto de cidade, de avenidas, de shoppings, de cinemas. Não gosto de cheiro de mato, não gosto de acordar com a passarada cantando, nem dormir ouvindo a sinfonia dos grilos. Não gosto de comidinhas naturebas nem de pão feito em casa. Pronto. Confessei. E acredite: não creio que isso seja politicamente incorreto e muito menos um desvio de caráter. É o meu jeito.
Desde criança que sítios, chácaras, fazendas e assemelhados nunca fizeram a minha cabeça. Eu até que gostaria de me adaptar, pois me sinto meio anormal em não gostar daquilo que todo mundo diz que é uma maravilha. Eu já tentei ser normal. Não consegui, sinto muito...
Acho que todo mundo tem um defeito de fábrica, esse é o meu...

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Para repartir com todos

(Tiago de Melo)

"Com este canto te chamo, porque dependo de ti.
Quero encontrar um diamante.
Sei que ele existe e onde está.
Não me acanho de pedir ajuda;
Sei que sozinho nunca vou poder achar.
Mas, desde logo, advirto:
É para repartir com todos.

Traga a ternura que escondes machucada no teu peito;
Eu levo um resto de infância que meu coração guardou.
Vamos precisar de fachos para as veredas da noite
Que oculta e, às vezes, defende o diamante.
Vamos juntos.

Traz toda luz que tiveres.
Não se esqueça do arco-íris que escondeste no porão.
Eu ponho a minha poronga, de uso na selva,
É uma luz que se aconchega na sombra.

Não vale desanimar.
Nem preferir os atalhos sedutores, que nos perdem, para chegar mais depressa.
Vamos achar o diamante para repartir com todos.
Mesmo com quem não quis vir ajudar, pobre de sonho.
Com quem preferiu ficar sozinho,
Bordando de ouro o seu umbigo engelhado.

Mesmo com quem se fez cego,
Ou se encolheu na vergonha de aparecer procurando.
Com quem foi indiferente, ou zombou das nossas mãos enfatigadas na busca.
Mas também com quem tem medo do diamante e seu poder.
E até com quem desconfia que ele exista mesmo.
E existe!

O diamante se constrói
Quando o procuramos juntos no meio da nossa vida.
E cresce, límpido cresce,
Na intenção de repartir o que chamamos AMOR!"

Asneiras Aleatórias

Cansei de entrevistar personalidades, hoje permito-me responder um questionário fútil e aletório (ando numa fase idem, rsss...)

O que está tocando no seu iPod agora?
Não tenho iPod. Estou ouvindo J Quest (suspirando por Flausino...) Quer saber?
Já Foi
Vou cuidar
De mim
Quer saber?
Eu quero alguém pra dividir
Gostar de quem gosta de mim

Para onde você vai nas próximas férias de verão?
Aonde tenha sol, é pra lá que eu vou.

Quem é seu artista favorito atualmente?

Atualmente? Rita Lee, sempre!

Botas com…Pernas longas.

Diamantes ou pérolas?
Diamantes pros dias de drama, pérolas pro dias de banzo.

Botas de pirata ou saltos Luís XV?

Saltos Luís XV, mas se Jack Sparrow me oferecesse carona, calçaria as botas de pirata feliz da vida.

Qual foi sua última compra bem no estilo fútil?
Uma túnica indiana, bem no estilo novela global.

Em qual closet gostaria de fazer a limpa?
Carla Bruni, tanto na fase mais ‘uhu, peguei o Clapton’, como na fase ‘oi, eu sou uma dama’.

Que tipo de bagagem você carrega?
Egoísta. Ocupo todo o porta malas do carro mesmo sabendo que mais três pessoas precisarão dele.

O que você está lendo agora?

A Sombra do Vento, que tive que interromper há 3 meses por causa do meu trabalho da faculdade.

Qual é seu filme antigo favorito?
Tantos... Kramer X Kramer, Philadelphia, Ghost, e outros...muitos outros, rsss
"O senhor… mire, veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam, verdade maior. É o que a vida me ensinou.”João Guimarães Rosa
Adoro esta frase, até a utilizei na abertura do meu TCC. A frase indica constante movimento. Indica que aqueles que mudam de penteado, de endereço, de peso. Os que mudam de nome, de profissão. Há os que mudam por conveniência. E há os que simplesmente mudam, verbo intransitivo.
Eu mudei. Talvez imperceptivelmente para quem vê de fora, mas algo que eu sei que está diferente, e isso me basta. Eu saber. Estou mais tolerante com os erros alheios, mais intolerante com os meus. Menos sonhadora, finquei meus pés no chão e percebo que a realidade não é tão dura assim.
Pervebo-me mais cética, sarcástica e descrente com o passar dos acontecimentos. Mas um dia eu chego lá: estou afinando, João, como a vida ensinou. E isso me alegra de montão.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Vista cansada

Otto Lara Resende


Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa idéia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou.

Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não-vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.

Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima idéia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.

Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.

Eu não sou tão triste assim, é que hoje eu estou cansada

Clarice Lispector

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Hoje é dia de São Jorge


Como hoje é Dia de São Jorge,e aproveitando a deixa resolvi fazer uma pesquisa sobre o mesmo e recolher algumas informações.
* O dia de São Jorge é o dia de seu falecimento, 23 de Abril de 303 em Nicomédia, quando o Imperador Romano Diocleciano mandou degolá-lo por não negar a fé no cristianismo.
* Seus restos mortais estão na Igreja de São Jorge, em Lídia, Israel.
* Apesar do conhecimento geral, São Jorge não é o padroeiro da Inglaterra, pois o Papa Leão XII substituiu em 1893 São Jorge por São Pedro como padroeiro da Inglaterra. Entretanto, a bandeira da Inglaterra ainda usa a Cruz de São Jorge (a bandeira com fundo branco e cruz vermelha, a outra é do Reino Unido)
*O Papa Paulo VI em 1963 rebaixou São Jorge para santo menor de terceira categoria (na hierarquia católica), mas em 2000 o Papa João Paulo II o restaurou a relevância do santo que voltou a aparecer nos Missais como Santo Patrono da Inglaterra.
*São Jorge ainda é o patrono da Catalunha, da Geórgia, do Líbano e dos palestinos cristãos.
*Na Bulgária o dia de São Jorge é comemorado no dia 5 de Maio e é feriado nacional
*São Jorge é Ogum nas religiões afro-brasileiras, orixá guerreiro.
*O dragão (o demônio) simbolizaria a idolatria destruída com as armas da Fé. Já a donzela que o santo defendeu, representaria a província da qual ele extirpou as heresias. Diz a tradição que as manchas apresentadas pela lua representam o milagroso santo e sua espada pronto para defender aqueles que buscam sua ajuda.
* As tatuagens com o Santo Guerreiro estão entre as que fazem mais sucesso no Brasil.

Oração para São Jorge:

Eu andarei vestido e armado, com as armas de São Jorge. Para que meus inimigos tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me enxerguem, nem pensamentos eles possam ter para me fazerem mal. armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem ao meu corpo chegar, cordas e correntes se quebrem sem ao meu corpo, amarrar.

São Jorge, cavaleiro corajoso, intrépido e vencedor; abre os meus caminhos. ajuda-me a conseguir um bom emprego; faze com que eu seja bem quisto por todos: superiores, colegas e subordinados. que a paz, o amor e a harmonia estejam sempre presentes no meu coração , no meu lar e no meu serviço; vela por mim e pelos meus , protegendo-nos sempre , abrindo e iluminando os nossos caminhos , ajudando-nos também a transmitirmos paz, amor e harmonia a todos que nos cercam. amém.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Um Brinde!

Um brinde,
A todas as vozes que desaprenderam preces,
ou mesmo que jamais aprenderam. ...
A todas as solidões individuais ou partilhadas, gritadas, colhidas ou caladas, nos corações e nas almas.
A todas as buscas que levaram a encontros, perdas ou abandonos.
A todos os silêncios de gestos e palavras que encobriram impossibilidade, refúgios, medos ou ausências.

E, principalmente, aqueles que disseram mais do que palavras.

Um brinde,
A todos os braços e abraços que acolheram, aqueceram e ampararam, nos momentos em que a perda já parecia certa e o abandono das forças de luta era aparentemente a única possibilidade de resposta.

Aos sorrisos esboçados ou assumidos que coloriram os rostos e enfeitaram o mundo. A todas as crianças crescidas e pequenas que viveram momentos de descoberta e não morreram para o aprender.

Um brinde,
A todo o Amor que nasceu e morreu, mas que teve seu espaço de cor, força e brilho nas faces, corações e corpos.
A todas as músicas e versos que os artistas, ou não, exprimiram com suas emoções e nos ajudaram a compreender e comunicar melhor as nossas.

A toda voz ou carícia que não se negou, que ouviu o apelo e respondeu com sua existência, sua expressão sua proximidade.
A todas as orações desesperadas, suplicantes ou agradecidas.
A todos os "becos sem saídas" que deram em novos caminhos e em outras possibilidades.

Um brinde,
A todos os desesperos que tiveram a grandeza de pedir ajuda e dar a enorme descoberta de serem conhecidos na partilha e no calor de um olhar, talvez perplexo, mas acolhedor.

A toda a vida que se omitiu ou ousou,que se transformou ou paralisou no tempo do medo. A todo o medo que a coragem permitiu viver, e que a força não deixou que imobilizasse o gesto, e levou aos passos mais adiante e aos caminhos mais além de antes do ontem.

Um brinde.
A todos aqueles que, disponíveis para o novo, o invasivo, o ensaio, percorreram com seus olhos linhas como estas somando as nossas, as suas vivências, indagações e descobertas e fazendo com isto que amontoados de palavras se vestissem de significados, dedico esta mensagem como uma liberdade de aproximação e um enorme desejo de que a busca de cada um não cesse nunca, seja ela qual for, por mais que mudem as respostas ou que por vezes, nos desanime a ausência delas. Um brinde aos encontros, que neste espaço de vida, puderam acontecer

terça-feira, 31 de março de 2009

A Sombra do Vento


A Sombra do Vento é uma narrativa de ritmo eletrizante, escrita em uma prosa ora poética, ora irônica. O enredo mistura gêneros como o romance de aventuras de Alexandre Dumas, a novela gótica de Edgar Allan Poe e os folhetins amorosos de Victor Hugo. Ambientado na Barcelona franquista da primeira metade do século XX, entre os últimos raios de luz do modernismo e as trevas do pós-guerra, o romance de Zafón é uma obra sedutora, comovente e impossível de largar. Além de ser uma grandiosa homenagem ao poder místico dos livros, é um verdadeiro triunfo da arte de contar histórias.


A Sombra do Vento usa o cenário grandioso de Barcelona, com suas largas avenidas, seus casarões abandonados, sua atmosfera gótica e espectral, para ambientar um romance arrebatador que é também uma reflexão sobre o poder da cultura e a tragédia do esquecimento. A busca de Daniel marca sua transformação de menino em homem, e desperta no leitor um fascínio renovado pelos livros e pelo poder que eles podem exercer. Ao ler A Sombra do Vento, o desejo que se tem é de, assim como o menino Daniel, abrir as portas do Cemitério dos Livros Esquecidos e descobrir em seus infindáveis corredores o livro que mudará nossas vidas.

O autor, Carlos Ruiz Zafón nasceu em Barcelona, em 1964. Em 1993, ganhou o prêmio Ebedé de literatura com seu primeiro romance, O Príncipe da Névoa, que vendeu mais de 150.000 exemplares na Espanha e foi traduzido em vários idiomas. Desde então, publicou quatro romances e transformou-se em uma das maiores revelações literárias dos últimos tempos com A Sombra do Vento, finalista dos prêmios literários espanhóis Fernando Lara 2001 e Llibreter 2002. O autor vive há sete anos em Los Angeles, onde escreve roteiros para o cinema e trabalha em um novo romance. Zafón colabora também nos jornais espanhóis La Vanguardia e El País.

De volta ao lar...

Chegando em minha casa depois de duas semanas fora, desta vez fazendo um daqueles intermináveis cursos promovidos pela Secretaria de Educação, sinto aquela sensação gostosa tão presente a cada retorno. Lembro-me do filme O Amor é Contagioso com o genial Robin Williams e minha memória vai até o episódio onde o personagem afirma: ao fim do dia todos querem voltar para casa, o operário, o empresário, o engolidor de fogo, o pobre, o rico...
Confesso que tais viagens me são prazerosas, afinal, sempre sobra um tempinho para rever pessoas, para ficar até mais tarde batendo um papinho gostoso, para bater pernas nos shoppings da vida, fazer aquelas comprinhas básicas e desnecessárias... mas nada se compara ao prazer de retornar, sentir o cheirinho da minha casa, da minha cama, do meu quarto. Sentir o carinho desastrado do meu rotweiller...
Como é bom estar de volta!!!