terça-feira, 30 de setembro de 2008

Não sejas o de hoje.
Não suspires por ontens...
não queiras ser o de amanhã.
Faze-te sem limites no tempo.
Vê a tua vida em todas as origens.
Em todas as existências.
Em todas as mortes.
E sabes que serás assim para sempre.
Não queiras marcar a tua passagem.
Ela prossegue:
É a passagem que se continua.
É a tua eternidade.
És tu

Cecília Meireles

domingo, 28 de setembro de 2008


Era uma vez... numa terra muito distante...uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima.
Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico...
Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito.
Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa.
Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo.
A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre...
Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:
- Eu, hein?... nem morta!
Luiz Fernando Veríssimo

sábado, 27 de setembro de 2008

Simplicidade



Filme embaixo da coberta, sorvete de chocolate, sentir o vento, olhar o céu, desejar tocar estrelas, uma foto, um pássaro, um dia de sol, cheiro de chuva, um abraço, uma tarde com amigos, aula terminada mais cedo, sair pra dançar, ou quem sabe dançar um forró. E porque não? Mudar a rotina. Sentir o cheiro, sentir saudades, sair com o cachorro,levar o gato pra passear (eu levava o meu), pular de uma ponte, fazer promessas, cortar o cabelo, cheirar uma flor, comer chocolate e depois ter dor de barriga. Aceitar o amor, entender um sorriso, saber perdoar, AMAR. Sentir a necessidade de ter alguém ao seu lado e acima de tudo valorizar esse alguém. Amar. São poucos os que amam. A sensação de consciência tranqüila, o desamor sem peso, de ser feliz sem precisar de alguém, ser feliz por essas pequenas coisas.. Ser feliz com a simplicidade. As virgulas da vida, os tropeços, os erros. A sensação de um sonho realizado, o gostinho das brigas com seus irmãos, os conselhos da sua avó, o sorriso de uma criança. A simplicidade. Acho que por amar a simplicidade, sou feliz, por não precisar de muito, nem muitos pra desfrutar dessa sabedoria. Até porque a felicidade está em você e não naquilo que você idealiza.
Acho a maior graça. Tomate previne isso,cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas não exagere...
Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos.
Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde.
Prazer faz muito bem.
Dormir me deixa 0 km.
Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha.
Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos.
Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias.
Brigar me provoca arritmia cardíaca.
Ver pessoas tendo acessos de estupidez me embrulha o estômago.
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano.
E telejornais... os médicos deveriam proibir - como doem!
Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo, faz muito bem! Você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada.
Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde!
E passar o resto do dia sem coragem para pedir desculpas, pior ainda!
Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou mussarela que previna.
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau!
Cinema é melhor pra saúde do que pipoca!
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que nada!
Luís Fernando Veríssimo

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Meu Signo


Sagitário (22/11 - 21/12):

1. Frase: “Já te disse 1.000.000 de vezes que NUNCA EXAGERO!”
2. O que o sagitariano espera de seu parceiro:
Busca partilhar seu idealismo e seu senso de justiça com o outro. A relação tem que incluir espírito de aventura, gostar de viajar, estudar, aprender. O parceiro tem que saber compreender sua necessidade de liberdade, de fugir da rotina e sua aguda franqueza.
3. O que o sagitariano diz depois do sexo: “Não me ligue - Eu ligo pra você”
4. Como irritar um sagitariano:
Dê a eles bastantes responsabilidades. Coloque realismo na sua filosofia. Nunca ria das piadas deles. Não tope nenhuma aventura ou quebra de rotina e esteja sempre de mau-humor.
5. Como o sagitariano reza antes de dormir:
“OH ONIPOTENTE, ONISCIENTE, TODO AMOROSO, TODO PODEROSO, ONIPRESENTE, ETERNO DEUS, SE EU LHE PEÇO UMA VEZ, ESTOU PEDINDO CENTENAS DE VEZES, AJUDE-ME A PARAR DE EXAGERAR!”
6. Por que o sagitariano atravessou a rua?
Porque a idéia pareceu maneira e deu vontade.
7. Você foi assaltado e o sagitariano….
“Vamos dar queixa na policia!”
8. Adesivo para o vidro do carro do sagitariano:
“Não tenho tudo que amo, mas também nada que me ama me tem”
9. Quantos sagitarianos são necessários para trocar uma lâmpada?
O sol está brilhando, está cedo, nós temos a vida inteira pela frente, e você está preocupado em trocar uma lâmpada estúpida?

domingo, 21 de setembro de 2008

Um amigo me visita e diz que sua filha, uma pré-adolescente, está bulímica. Sempre o mundo das aparências em luta com o chamado da "essência". Se a matéria é tão importante, por que quando morremos, ela se desfaz e mesmo se degenera na nossa velhice? Será a matéria assim tão importante ou vivemos mesmo, como na canção de George Harrison, "in a material world"-- como também disse Madona? O que seria do mundo se todos os que têm mil olhos para criticar peitos e bundas, narizes e alturas, roupas assim ou assado, acordassem para a realidade desse mundo real que aí está, de miséria (e miséria interior) e de guerras?

Se as pessoas fossem menos fúteis, menos materialistas, teríamos um mundo mais justo, por que mais pensado, criticado, realizado? Pessoas mais alegres, felizes, nas suas imperfeições? Seríamos mais rebeldes, mais críticos, usaríamos mais os nossos neurônios ao invés de tanto esmalte nas unhas e suor para comprar o carro do ano? E a quem interessa que este mundo seja mais justo, se assim eles ganham menos? Será que a magérrima teenager sabe disso, que essa beleza prometida de agora é a osteoporose de amanhã? E que este amanhã está mais perto do que a sua bobinha cabecinha consegue imaginar? Que o peso que deu à matéria não vai deixá-la ainda dormir, quando mais velha, pensando em pneuzinhos, estrias e tudo o que vem com a idade, dentro da normalidade da ordem do mundo? Da imperfeição do mundo? Por que é difícil aceitar a diferença e a imperfeição? Para quê compensação é essa necessidade de eterno ajuste na matéria? No que é visível? Por que a necessidade de (eterna) aprovação do olhar do outro? Por que o outro (e, nós mesmos) é sempre visto como objeto e não em sua complexidade de sentimentos, sensações, valores, princípios, beleza interior? Por que a estética está acima da ética?

São questões que se destacaram apenas na chamada era pós-industrial, fruto de um capitalismo com seus códigos materialistas que avassalam o mundo ou é um "desde sempre..."? Está, então, pior, após todas as Twiggis (acho que é assim que se escreve) e a mudança de parâmetro estético e de valores (uma modelo ganhando muitíssimo mais que um professor) nos anos sessenta? E por que todos vão como boizinhos a caminho do matadouro, sem pestanejar, para um futuro de presente tão triste e desumano? Um mundo de celulares, computadores, tortas maravilhosas de chocolate e adolescentes bulímicas e seus desafetos? Contradições, imposições, vazio. Vamos ver o que ainda está por vir.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008


"A VIDA É UMA PEÇA DE TEATRO QUE NÃO PERMITE ENSAIOS. POR ISSO, CANTE,
CHORE, DANCE, RIA E VIVA INTENSAMENTE ANTES QUE A CORTINA SE FECHE E A PEÇA
TERMINE SEM APLAUSOS." (Charlie Chaplin)

domingo, 14 de setembro de 2008

Odeio domingo

Não adianta, não consigo gostar do domingo. Tem coisa mais entediante que final de tarde no domingo? Não, não tem. O domingo é a prévia da segunda feira corrida, da semana atarefadíssima que se aproxima e isso me deixa angustiada, chata mesmo. Por isso, comungo aqui da mesma idéia de Fernando Martins, afinal, quem é que fica domingo em casa, burguesamente, desperdiçando a vida em momentos sem sentido?

Odeio Domingo

Todo dia da semana
É vazio e soa falso
Mas o que não mais me engana
É que caminho ao encalço
Do dia final - que eu xingo,
Com claro e preciso intento
É vil e torpe o domingo
Como um verme pestilento

Eu odeio os domingos
Eu odeio o domingo

Nas ruas, a multidão
Caminha num passo incerto
Vão todos na contra-mão
Rindo por obrigação
Felizes, por ter bem perto
O ócio da redenção
Contra isso é que me vingo
Clamando contra o domingo.

Eu odeio os domingos
Eu odeio o domingo

E todo honesto burguês
Que paga as contas do mês
E aquele que paga não
Mas posa de cidadão
Vão todos juntos pra missa
Bocejando de preguiça

É uma bermuda novinha
Que faz bem a quem caminha.

E a auto-satisfação
A medíocre aspiração
Implacável, num respingo,
Atinge todo o domingo.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

O Tempo


Nunca o fator tempo foi tão questionado, aliás, a falta dele. As obrigações diárias nos transformam em formigas laboriosas sempre em busca de soluções materiais para suprir as dificuldades do tenebroso inverno que nos ameaça a cada manhã, seja ela cinzenta ou ensolarada.
Nosso lado prático e ganancioso nos obriga a carregar um talo de grama bem maior que a nossa força, esmagando nosso lado cigarra.
Nunca temos tempo. Para ser e até para não ser. Para arrumar ou desarrumar.
Nunca temos tempo. Para trabalhar ou rever amigos ou descansar e desfrutar as distrações. O tempo de férias não conta, é um tempo planejado, que mais se assemelha a um trabalho free lancer do que a uma espontânea inquietação. Viagem, pagar as contas com antecedência, procurar alguém para cuidar da casa, do cachorro, manter a água das plantas...
Não temos tempo a perder, muito menos a ganhar. Meu tempo transformou-se curiosamente na minha falta de tempo. Sempre me desculpando, sempre alegando algum outro compromisso. Ainda mais para quem não aprendeu a dizer não. Eu desmarco, não nego nada. O constrangimento de cancelar algo me transtorna. Fico dias sem dormir aventando perdões absurdos.
Existe um único antídoto para a falta de tempo. Um único. Estar apaixonado. Esquecer de si para inventar o desejo. O desejo transforma-se no próprio tempo. Tudo é adiado. A dispersão nos leva a reparar nas janelas, nos interruptores, nos sapatos dos colegas. Nada mais tem tanto significado do que se aprontar, ensaiar e aguardar perfumado o encontro. Compromissos sérios pulam de casas e horários. Antes imutáveis, as reuniões trocam de vôo de modo nervoso. O trabalho passa violentamente rápido. Não há o medo de se proteger. A imaginação pára a escrita em um só nome.
Aconselho a quem não tem tempo: apaixone-se. Perca a cabeça na guilhotina. Entregue seus pés para a espuma. Permita a cintura subir como um chafariz. Não pense que vai dar errado. O que pode dar errado já aconteceu antes. Dentro do tempo.

Escrava do meu cabelo

Sou escrava dos meus cabelos desde que me entendo por gente. Ainda criança, a minha mãe fazia cachinhos nas minhas loiras madeixas - natural, claro, e eu ficava encantada com a minha própria imagem de refletida no espelho. Então veio a adolescência enfatizando a vaidade e,em nome dela, vaidade e paixão, passei a dormir todas as noites (ou a tentar fazê-lo)com rolos, mesmo que os grampos me espetassem como uma coroa de espinhos e que a minha avó dissesse que eu ia acabar careca.
Era uma verdadeira tortura que eu suportava contanto que os cabelos ficassem cacheados com uma farta e encaracolada franja em cima dos olhos.
Depois veio a moda dos cabelos lisérrimos, hora de escova-los e depois fazer uma touca para que não armassem. Repetia todas as semanas o mesmo ritual, tudo em nome da moda, da vaidade e da escravidão capilar.
Já tive cabelos loiros, castanhos, chocolate, e pasme: negros!!! O que me causou uma noite insone e a ordem à cabeleireira que devolvesse a minha loirice. Já tive cabelos lisos, encaracolados, curtos, com franjinha, sem franjinha, em suma, de tudo um pouco. Já até aderi a moda hippie para adotar os cachos e não parecer careta. Mas me achava horrível! Gostava da bata indiana, da calça boca-de-sino, mas dos cabelos ondulados, forçava a barra pra tolerar.
Até que chegou a fase pós-moderna (graças a Deus!), quando cada um usa a moda que lhe fica melhor, do jeito que lhe der na telha, numa gama de escolhas que vai da década de 20 ao século 21, deixei de lado a fase camaleônica e há muito tempo dou fiel ao mesmo corte, a mesma cabeleireira, a mesma marca de shampoo e tintura. Mas andei pensando... não seria hora de mudar? Se me der coragem farei uma visitinha ao salão de beleza e não estranhe se amanhã essa loira que posta tal comentário não se transfome numa ruiva nada discreta. Rsssssss...

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

O palavrão


Por que diabos merda é palavrão? Aliás, por que a palavra diabos, indizível décadas atrás, deixou de ser um? Outra: você já deve ter tropeçado numa pedra e, para revidar, xingou-a de algo como filha-da -puta, mesmo sabendo que a dita nem mãe tem.
Pois é: há mais mistérios no universo dos palavrões do que o senso comum imagina. Mas a ciência ajuda a desvendá-los. Pesquisas recentes mostram que as palavras sujas nascem em um mundo à parte dentro do cérebro. Enquanto a linguagem comum e o pensamento consciente ficam a cargo da parte mais sofisticada da massa cinzenta, o neocórtex, os palavrões moram nos porões da cabeça. Mais exatamente no sistema límbico. É o fundo do cérebro, a parte que controla nossas emoções. Trata-se de uma zona primitiva: se o nosso neocórtex é mais avantajado que o dos outros mamíferos, o sistema límbico é bem parecido. Nossa parte animal fica lá.
Mas você não precisa ter lesão nenhuma para se descontrolar de vez em quando, claro. Como dissemos, basta tropeçar numa pedra para que ela corra o sério risco de ouvir um desaforo. Se dependesse do pensamento consciente, ninguém nunca ofenderia uma coisa inanimada. Mas o sistema límbico é burro. Burro e sincero. Justamente por não pensar, quando essa parte animal do cérebro fala, ela consegue traduzir certas emoções com uma intensidade inigualável.
Os palavrões, por esse ponto de vista, são poesia no sentido mais profundo da palavra. Duvida? Então pense em uma palavra forte. Paixão, por exemplo. Ela tem substância, sim, mas está longe de transmitir toda a carga emocional da paixão propriamente dita. Mas com um grande e gordo puta que o pariu a história é outra. Ele vai direto ao ponto, transmite a emoção do sistema límbico de quem fala direto para o de quem ouve. Por isso mesmo, alguns pesquisadores consideram o palavrão até mais sofisticado que a linguagem comum.
Outro dia, quando procurava inutimente algo interessante na programação da TV, me deparei com uma propaganda que dizia algo sábio: EU TE DESEJO MENOS!
Sim, eu te desejo menos! É estranho a primeira vista pois sempre que desejamos algo a alguem, somamos todas aquelas qualidades que, no fundo, nós gostariamos de ganhar (talvez acreditando na lei do retorno as pessoas desejem tanto bem para os outros... o ser humano é hipócrita - triste constatação...). Mas o pulo do gato está presente ao se analisar o menos! Sim, o menos!
Por isso, aos que aqui frequentam este canto chamado de blog, eu desejo a todos menos! Menos preocupação, menos stress, menos tristeza, menos conturbações, menos sofrimento, menos mesquinhez, menos pieguice, menos ganância, menos formalidades!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008


Eu adoro uma música que Frank Sinatra costumava cantar, My way.
O curioso é que só fui prestar atenção na letra dessa música há pouco tempo e eu gosto muito da frase que diz mais ou menos assim: "Se eu acertei ou se errei, fiz isso da minha maneira".
Quando olhamos pra trás, percebemos que como todos os mortais, já fizemos muitas bobagens. Acertamos bastante, mas também erramos bastante e quando olhamos pra frente temos a certeza que ainda vamos errar e acertar bastante.
Mas perder o nosso precioso tempo nos torturando não vai nos levar a lugar algum.
Por isso é que lhe digo: não se torture por algo que não deu certo no passado.Apenas perceba o que é possível fazer para consertar essa situação e faça.
Se você sente culpa, perdoe-se.
E, principalmente, compreenda que agiu assim porque, na ocasião, era o que achava melhor fazer.
Há uma história que me contaram, de que gosto muito: um pescador chegou à praia de madrugada para o trabalho e encontrou um saquinho cheio de pedras.
Ainda no escuro começou a jogar as pedras no mar.
Enquanto fazia isso, o dia foi clareando até que, ao se preparar para jogar a última pedra, percebeu que era preciosa!
Ficou arrependido e comentou o incidente com um amigo que lhe disse:
- Realmente, seria melhor se você prestasse mais atenção no que faz, mas ainda bem que sobrou a última pedra!
Existem pessoas que não prestam atenção no que fazem e depois passam a vida inteira arrependidas pelo que não fizeram, mas poderiam ter feito, e se martirizam por seus erros.
Se você está agindo assim, deixo-lhe uma mensagem especial: não gaste seu tempo com remorsos nem arrependimentos.
Reconheça o erro que cometeu, peça desculpas e continue sua vida.

Todos nós temos muitas pedras preciosas no coração: muitos momentos lindos para viver e muitos erros para cometer.
Portanto, aproveite as oportunidades e curta plenamente a vida.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Eu Mereço!

Estou vivendo meu momento fútil sem dramas. Estou adotando a frase "eu mereço" sem aquela conotação habitual do errado ou do exagerado. Quer repetir a sobremesa? Antes da culpa calórica aparece a frase - só tomei um iogurte no café, almocei salada, ontem comi pouco, eu mereço! O cartão de crédito tá quase estourando, ainda faltam duas semanas pro pagamento e aquele vestido novo parece perfeito pro seu guarda-roupa? Ah, eu pago minhas contas, ganho meu próprio dinheiro, eu mereço! E assim você sai com uma sacola nas mãos. O despertador insiste em tocar e seu maior prazer naquele momento é dormir mais alguns minutos? A justificativa pode vir até dentro do sonho - hoje tenho tanta coisa pra resolver, vou dormir tarde, eu mereço! E assim a vida vai ficando mais leve, porque vamos merecendo tudo o que queremos. É verdade que nem sempre a fórmula funciona tão bem, porque às vezes merecemos também o que nem imaginávamos querer - mas ai já é uma outra história