quinta-feira, 29 de outubro de 2009


Retorno ao Lar Doce Lar depois da final do 2º FACE.

Acabei me estressando com umas coisinhas que saíram do tom na ida, mas usei a técnica de contar até mil antes de mandar uma pessoa para os ares, isto para não mandar para outros lugares impublicáveis. Eu e minha mania de fazer tudo conforme o figurino... no fundo acabo é fazendo papel de autoritária e de mandona, e quem vive dando um jeitinho em tudo para levar pequenas vantagens fica de boazinha. Um dia eu aprendo, ah... se aprendo.

Bom, mas no final acabei curtindo um pouco mais, porque fiquei com meus pimpolhos e o restante da família... eu merecia, rsss...

domingo, 18 de outubro de 2009

Indiferença


O sentimento contrário ao amor não é o ódio, é a indiferença. A indiferença é a maneira polida de dizer a uma pessoa que ela deixou de ser importante, deixou de ocupar um espaço nas lembranças e no coração.
A indiferença não faz ninguém perder o sono, não aceita declarações nem reclamações.
A indiferença não tem cor, nem sabor, nem som.
Para sermos indiferentes a alguém não precisamos de nada. Ela pode escalar o Himalaia, engordar, emagrecer, escrever um best seller, gravar um cd ao lado do Kiss, ser condenada a prisão perpétua, ganhar fios de cabelos brancos, que nada disso nos interessa.
Ser indiferente não gasta energia, simplesmente por que a pessoa deixa de existir. Não precisamos de coração, olhos, boca, sentimentos para testemunhar quem evaporou, sumiu, escafedeu... deixou de ter uma face, um endereço, um número de telefone, uma referência.
O ódio e o amor habitam o mesmo universo, já a indiferença é um exílio no deserto.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A piedade

A piedade é arte de inferiorizar o ser humano. Os problemas são naturais na vida, nada mais do que um convite à luta para transpor a própria limitação. Viver da caridade alheia não passa de uma vampirização. Todavia, a piedade não se confunde com a ajuda necessária a uma pessoa querida. Também não se confunde com a indulgência, de que LaVey menciona.
O poeta D. H. Lawrence assim se expressa: “Nunca vi um animal sentir pena de si mesmo. O pássaro cai congelado do galho sem nunca ter sentido pena de si mesmo.” A compaixão pelos outros já é perniciosa, por si mesmo é pior ainda. É que a compaixão é um sentimento que nada contribui para ninguém.
De acordo com Nietzsche, “O Cristianismo é chamada a religião da piedade. A piedade se opõe a todas as paixões revigorantes que aumentam a sensação de viver: é deprimente. Por obra da piedade, aquele esgotamento de forças que acarreta o sofrimento é multiplicado mil vezes. A piedade torna o sofrimento contagioso; em certas circunstâncias, pode levar a um total sacrifício da vida e da energia vital.”
Você pode ajudar alguém da sua estima, mas não sinta compaixão por ela, pois estará inferiorizando uma pessoa que não merece tal tratamento. Dê-lhe ânimo, força de vontade, mostre a pessoa o caminho para melhorar a sua qualidade de vida. Aja justamente na direção inversa.
Quanto à auto-compaixão, lembre-se de que você é um ser cheio de possibilidades e este sentimento não leva à nada, a não ser se manter num patamar inferior ao das demais pessoas. Os problemas, as crises, são salutares, uma vida sem problemas seria insípida. Observe e analise o problema, seja criativo e produtivo!
Uma crise anda de mãos dadas com uma grande oportunidade. É capaz de promover, às vezes, até uma mudança radical na sua vida. Não tema o novo. Tema, sim, padrões mortos e obsoletos, a mesmice que nada lhe acrescenta. Fala a sabedoria oriental que Se o destino te lança uma faca, há duas maneiras de apanhá-la: pela lâmina ou pelo cabo. Apanhe-a sempre pelo cabo.
A auto-compaixão é a grande aliada do embuste e sempre alimenta a auto-ilusão. Se você errou, é natural que reconheça o seu erro e não o cometa de novo. Por que esconder algo que lhe serviu de uma grande lição? Contudo, a sociedade desaprova de modo geral o reconhecimento do erro como demonstração de fraqueza. Então ninguém sai por aí apontando os seus próprios defeitos, basta o reconhecimento sincero diante de si mesmo.
Já dizia Nietzsche – “Todos os valores nos quais a humanidade coloca as suas mais altas aspirações são valores de decadência.”

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Eu sei, mas não devia

"A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma. "
Marina Colassanti

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Amigos

Se me perguntassem o que sinto pelos meus amigos, eu certamente diria que os amo no sentido mais amplo possível da palavra. Tenho poucos amigos, porém, a quantidade não preocupa, e sim, a qualidade.
Com meus amigos iria a qualquer lugar desde a Via Láctea a Pasárgada na certeza de que estaria em boa companhia.
Com meus amigos qualquer conversa é interessante, desde os papos transcendentais na varanda a conversa descompromissada numa mesa de bar, degustando um bom vinho.
Meus amigos têm um quê de Fernando Pessoa, poetas de um mundo onde tudo vale a pena quando a alma não é pequena. Têm um lado alequinal de pierrôs e colombinas e um lado prático feijão com arroz.
Meus amigos amam o sol, a lua, o mar, amam ainda flores, almofadas de cetins e shoppings.
Meus amigos falam besteiras, confundem Sócrates com Platão, discutem Friedrich Nietzsche, Paulo Freire e a economia globalizada
Como bem disse o compositor Renato Russo: Eu não preciso de modelos, não preciso de heróis, tenho meus amigos.

terça-feira, 6 de outubro de 2009


Meu riso é tão feliz contigo...

Carneiros e serpentes

“As pessoas boas devem amar seus inimigos”. Mas ela não diz nada sobre os idiotas.
Outro dia lí um artigo de Danuza Leão, nele ela afirma que morre de medo das pessoas que gritam e se enfurecem, e quando enfurecidas ficam desfiguradas, como o Collor quando contrariado. Ao contrário da Danuza, essas pessoas não me assustam porque no fundo a gente já sabe o que esperar delas.
Eu tenho medo é das pessoas de fala mansa, de olhar doce, de gestos pequenos e calculados, essas, eu confesso: morro de medo. Essas pessoas costumam ser falsas, cínicas, medíocres. Precisam sempre se portar de boazinhas, quando não de vítimas, para angariar afeição, pois por si só não despertam nenhum sentimento.
Pessoas assim são fracas e fracassadas, incapazes de construir algo de positivo na vida culpam os que vivem ao seu redor, quando deveriam era render-lhes graças todos os dias, por carregar um fardo pesado como elas. Ou então culpam o mundo, tão mais fácil eximir-se de qualquer responsabilidade e assumir a covardia...
Sim, tenho medo dessas pessoas, pra dizer a verdade, pelo (agora sem acento, rsss) de medo pois essas pessoas são perigosas, verdadeiras serpentes travestidas de mansos e lindo carneirinhos, eu tenho medo dos carneirinhos.