segunda-feira, 30 de junho de 2008

Moro na Lua


Moro na lua
viajo no sonho
ando na poesia...
Sou anjo de todos os encantos,
de alguns prantos,
estou em todos os cantos.
Amo a lua, meu paraíso, minha fé,
sou anjo,
sou demônio,
sou mulher,
sou o que você quiser...

terça-feira, 24 de junho de 2008

Festas juninas da minha infância


Não tem como não recordar das festas juninas da minha infância, e as festas juninas quase sempre trazem lembranças agradáveis. As minhas lembranças me levam de volta ao pátio da Escola de Aplicação, onde estudei do Jardim Infantil à 4ª série, e onde viví os melhores momentos juninos.
O pátio se transformava num arraial enfeitado de bandeirolas, balões, palha de coqueiro e muita cor. Era a época de vestir aqueles vestidos cheios de babados e dançar a quadrilha ao som de: " Olha pro céu, meu amor, vê como ele está lindo ,olha pra aquele balão multicor, como no céu vai sumindo..." quadrinhas de uma música que permanece sempre na memória e que somente anos depois tomei conhecimento ser da autoria do velho Lua e Luís Fernandes.
As comidas eram verdadeiros deleites numa época em que a vaidade nem sonhava com drásticos regimes e o o meu peso "pena" permitia me esbaldar nas cocadas, arroz doce, canjica, pé de moleque, paçoquinha de amendoim, mingau de milho verde, etc etc etc, porque festa junina que se prezava na Escola de Aplicação, tinha que ter muita, mas muita fartura mesmo das guloseimas típicas.
Os fogos de artifício quase sempre causavam um ou outro incidente sem maiores proporções, porque todos queriam soltar traques, chuvinhas, cobrinhas e os mais afoitos os foguetes e bombas, sempre observados de perto pela professora Darcy, a quem chamávamos de "Pró". Não posso me esquecer da fogueira e dos balões, hoje verdadeiros crimes ambientais e totalmente fora de cogitação.
Velhos e felizes tempos...

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Não ofereço perigo

Não tenho muito a oferecer, somente o que sei.
Não tenho bagagem, não tenho dinheiro, nem tenho passado, tenho apenas a mim...
Não tenho histórias, nem alegres e nem tristes, para contar. Deixei tudo para trás.
Meu palácio foi trancado e esquecido, e lá ficaram minhas riquezas e minhas lembranças. Não carrego mais nada, pois nada mais me serve agora.
Sigo em frente, de cabeça erguida, olhos bem abertos e passos firmes, levando comigo só minha vontade, minha fé e minha força.
Não ofereço perigo algum, tampouco tenho medo e arrependimentos.
Abandonei minhas incertezas, minhas inseguranças e minhas culpas.
Agora, viajo sozinha, vivendo um dia de cada vez, não desperdiçando nenhum minuto, pois o tempo é um presente valioso.
Não sei quem fui e tampouco quem serei, sei apenas quem sou agora.
Deixo o vento me levar e minha intuição me guiar.
Sei que nada é eterno e que tudo é passageiro.
Meu maior sentido é deixar a vida fluir em mim, por mim e através de mim...

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Ser mulher


Ser mulher... Nasci mulher, é fato Gameta indiscutível,Cometa irremediável, Soneto jamais escrito. Cresci menina, concordo, De pernas cruzadas,Cabelos alinhados, Pelos depilados. Vivi madura, é certo. Aprendi a traçar os olhos,A disfarçar as lágrimas, A não borrar a maquiagem. Sonhei criança, feliz. Escrevi meus passos,Acreditei nos planos, Colhi meus frutos. Provoquei emoções, faz parte. Ensinei meus truques,Repiquei batuques, Batalhei com arte. Briguei na vida, gritei. Enfoquei os problemas,Resolvi os teoremas, Me entreguei a poemas. Quebrei espelhos, de raiva. Escondi a dor,Distribuí amor,Superei o tempo. Amei demais, está em mim. Mulher sem amor não existe. Atraí desejos, por capricho,Ou não, por pura paixão. Caminhei e caí, me ergui.E não pretendo mudar. Arregacei as mangas tantas vezes,Que já nem sei desenrolar. Mas...quer saber?É uma delícia ser mulher! Não troco por nada, por ninguém.Volto assim mil vezes, Se puder. E quando o véu da noite,De inveja e despeito me levar,Que o amor que distribuí,Os frutos que plantei, venham, enfim, me regar !!
Continuo achando graça nas coisas, gostando cada vez mais das pessoas, curiosa sobre tudo, imune ao vinagre, às amarguras, aos rancores." (Zélia Gattai).

segunda-feira, 16 de junho de 2008

O Príncipe Maldito

Era uma vez, há muito tempo, em um reino sem encanto, um palácio recendendo a mofo por onde circulavam um conde odiado, uma princesa carola, criados mudos, conspiradores baratos e, é claro, um jovem príncipe louco - todos tramando sob as barbas de um imperador que, embora não vestisse roupas novas, ia ficando cada vez mais desnudo aos olhos da Corte. Sim, você está diante de um conto de fadas - só que às avessas. Primeiro, porque não aumenta nem um ponto - conta como as coisas foram. Depois, porque se passa em um mundo real. Real até demais e, ainda assim, ou por isso mesmo, espantosamente próximo. Se você, de início, ficar com a impressão de que a trama se desenrola no Reino de Tão, Tão Distante, é só porque a história do Brasil, embora tão perto, ainda se mantém tão longe de nós. Neste livro, Mary Del Priore expõe a intimidade da família imperial brasileira - consumida por intrigas, traições e uma profunda melancolia -, ao nos revelar um personagem fascinante e trágico. Um príncipe desencantado.
Lançado pela editora Objetiva, é um romance de não-ficção e, ao mesmo tempo, um documento que relata aspectos obscuros da história do Brasil. A obra conta os últimos dias do Império Brasileiro, consumido por tramas, traições e melancolia, e tendo como personagem central o príncipe Pedro Augusto de Saxe e Coburgo, que seria chamado D. Pedro III se a república não tivesse sido proclamada.
Vale a pena conferir

sábado, 14 de junho de 2008

Vontade de escrever alguma coisa, mas parece que a inspiração levantou-se e foi embora sem fazer barulho pra não me acordar, portanto, deixo a palavra com o mestre maior da mesma - o poeta, já que a ele a inspiração nunca dá trégua e, é sempre visita constante em sua casa. A ele, ela oferece toda sensibilidade necessária para significar detalhes da vida que nos passam despercebidos, detalhes que são suprimidos pelo cotidiano concretista a que nos submetemos hoje em dia.

Eu amo tudo o que foi

Eu amo tudo o que foi,
Tudo o que já não é,
A dor que já me não dói,
A antiga e errônea fé,
O ontem que dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.

Fernando Pessoa

Procedimentos e frases para sobreviver ao período de TPM da mulher

Adoro a sessão besteirol, e essa pérola foi "colhida" no blog de um amigo.

PERIGOSO: O que tem pro jantar?
SEGURO: Posso te ajudar com o jantar??
SEGUR??SSIMO: Onde você quer ir pra jantar??
ULTRA-SEGURO: Aqui, come esse chocolate.

PERIGOSO: Você vai vestir ISSO??
SEGURO: Nossa, você fica bem de marrom!
SEGUR??SSIMO: Uau! Tá uma gata!
ULTRA-SEGURO: Aqui, come esse chocolate.

PERIGOSO: Tá nervosa por quê??
SEGURO: Será que não estamos exagerando??
SEGUR??SSIMO: Vem, deixa eu te fazer um carinho…
ULTRA-SEGURO: Aqui, come esse chocolate.

PERIGOSO: Será que você devia comer isso??
SEGURO: Sabe, ainda tem bastante maçã.
SEGUR??SSIMO: Quer um copo de vinho pra acompanhar??
ULTRA-SEGURO: Aqui, come esse chocolate.

PERIGOSO: O que você fez o dia todo??
SEGURO: Espero que você não tenha trabalhado demais hoje.
SEGUR??SSIMO: Adoro quando você usa esse robe!
ULTRA-SEGURO: Come mais um pouco de chocolate.
(Fábio G.)

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Porque hoje é Dia dos Namorados


Para o meu eterno namorado...


É verdade, eu te espero
Eu te quero
Eu te juro e é tão sério
Que duvido
Que haja aqui ou em qualquer
Outro hemisfério
Um amor assim!...

Do jardim da nossa casa
Vejo a rua
Vejo as luzes se acendendo
Lentamente
Vejo a vida, vejo tudo
Transparente
E não vejo fim!
E não vejo fim!...

Eu te ensino a não me amar
Profundamente
O amor, às vezes mente
Eu te ensino a não sofrer
Completamente
Minha luz, minha nascente...

Nossas brigas, nossos beijos
Nossos dramas
Que transformam nossos mundos
Nossa cama
Ilumina o mais distante escuro
E acende aqui
E acende em mim
E acende em nós
Até ficarmos sós...

Dia dos Namorados


Agora, escutando “Whith ou Whithout You” do U2, fico pensando se o Dia dos Namorados não é uma data criada para vender telefone celular, flores e idas ao Motel. Qual a surpresa num presente já esperado? O amor se comemora todos os dias, até nos momentos mais difíceis de uma relação. E hoje, precisamente no dia 12 de junho, felicito os casais. Apenas aqueles que não comemoram o fato de estarem juntos, mas o fato que gostarem de estar juntos. É realmente algo para se comemorar, não? Ser capaz de suportar alguém que lhe invada a vida e a intimidade. Ser capaz de ser mais humano na companhia do outro. Isso é motivo de comemoração. Ser capaz de contribuir para a felicidade do próximo e ser feliz por isso é motivo de gozo. Não é fácil, nem simples e acho que talvez tenhamos que ler o Mário de Andrade com mais atenção, quando ele diz que amar é um verbo intransitivo.
Muitas vezes lamentamos o fato de não estarmos conjugando o verbo amar como gostaríamos, mas se a data é de comemoração, comemoro o fato de me sentir sensível, comemoro o fato de querer bem pelo menos algumas pessoas. Comemoro o fato que ser lembrado pelos amigos. Comemoro o fato de poder dar e receber abraços sinceros. Comemoro o fato de ser humana, capaz de sentir, desejar, sonhar, compartilhar, transformar e ser transformada.
Queria que todos aqueles que não estão vivendo o dia dos namorados como sonham, que não deixem de sonhar. Que não deixassem a fantasia de lado. Guardem a fantasia, pois sempre haverá um dia de carnaval. Porém é preciso viver o presente, como a realidade se impõe. E na realidade é preciso abstrair a beleza presente nas coisas que o Deus de cada um oferta todos os dias. Os amigos próximos e distantes, o caminho construído, o nascer do sol, a areia da praia, as águas dos rios, os raios de sol na pele, um abraço, uma cerveja, um bom papo, uma vida que se descortina em cada segundo da nossa vida.
Felicito os que estão próximos e distantes. Abraços aos que continuam vivendo e aos que sobrevivem na memória, amo a todos que passaram, estão presentes e aos que virão. Que este dia, como todos os dias da nossa vida e quiçá, depois dela, seja tempo de amar ao próximo e amar a si mesmo.
Feliz Dia dos Namorados para todos, deixem as análises político-econômico-pscico-social-antropológica-pedagógica-ideológica-científica de lado por um tempo e vivam a beleza da vida que nos rodeia.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Poema do Amor-Perfeito


O tempo seca a saudade,
seca as lembranças e as lágrimas.
Deixa algum retrato, apenas,
vagando seco e vazio
como estas conchas das praias.

O tempo seca o desejo
e suas velhas batalhas.
Seca o frágil arabesco,
vestígio do musgo humano,
na densa turfa mortuária.

Esperarei pelo tempo
com suas conquistas áridas.
Esperarei que te seque,
não na terra, Amor-Perfeito,
num tempo depois das almas.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Berimbau ou harpa?

Eu que sou baiana e não sei tocar nem berimbau (que tem apenas uma corda) estou preocupado com o meu QI. E pior: já saí no Olodum no carnaval(e me diverti muito com o batuque).
Alguém sabe onde e como posso medir o meu QI? Preciso urgentemente saber se sou oligofrênica, débil mental, idiota ou
simplesmente imbecil.
Mesmo sendo baiana da gema, acabo de comprar uma harpa. Fi-lo porque qui-lo, como diria o inteligentíssimo mato-grossense Jânio Quadros.
Foi complicado encontrar uma harpa à venda aqui, na bendita cidade do Salvador. Baiano não é muito chegado a essas coisas. As poucas existentes estão em museus e, sabe-se de uma, em casa de um professor, doutor, coordenador universitário.
Minha harpa tem quarenta e seis cordas e sete pedais e seu desenho é semelhante àquele usado nas harpas dos Caldeus, em 600 a.C..
Tive alguma dificuldade em contar todas as suas cordas. Confesso, que me confundi umas três ou quatro vezes e que foi necessária a ajuda de um amigo, o Antônio, muito mais sagaz que eu, para a consecução da tarefa.
Optei pela harpa na esperança de elevar meu QI a números estratosféricos, seguindo uma nova teoria evolucionista que vem sendo elaborada e desenvolvida por médicos aqui da Bahia. Nunca dantes se viu coisa igual.
A tese é a seguinte: quanto mais cordas você tocar, mais inteligente você é. Portanto, violonista que toca violão de doze cordas é mais inteligente do que o bandolinista que toca em oito cordas, que por sua vez é mais inteligente do que o baixista que é tão inteligente quanto o cavaquinista,
e assim sucessivamente.
Como você já percebeu, na base da pirâmide do intelecto estão os tocadores de berimbau. O que me encanta nos estudos científicos é a profusão de novas e revolucionárias idéias. Claro, pesquisa serve mesmo para isso. Pena o Brasil ter que reformar apartamentos de reitores magníficos e sobrar pouco recurso para as pesquisas. Com mais dinheiro poderíamos estudar a influência da percussão no resultado dos vestibulares, por exemplo. Bum,bum, bum, bum, bum ajuda ou atrapalha o batuqueiro a ingressar na universidade? Se ajudar, o faz mais em medicina ou engenharia?
Outra pesquisa interessante seria relacionar curso a instrumento musical. Para Direito é melhor tocar um instrumento de sopro, clarinete, talvez.
Quer sucesso nas ciências econômicas, então toque oboé, e assim por diante.
Comprovadas estas hipóteses, melhorar-se-ia muito o Desempenho dos alunos
nos exames avaliatórios, tipo ENADE e OAB.
Apenas uma coisinha me intriga quanto ao resultado de tudo isso. É que
dentre os instrumentos que conheço, o mais parecido com a harpa é o
berimbau. Na verdade o berimbau é uma harpa de corda única. É uma prova de
inteligência dos seus inventores; substituir quarenta e cinco cordas e sete
pedais por uma cabaça, uma vareta, um caxixi e uma pedra, e tirar daí, os
sons necessários para uma existência feliz é fantástico.
O berimbau é mais barato, mais leve, portátil, de fácil manutenção e
mercadologicamente mais demandado.
Tirante eu ou outro insano qualquer, ninguém compra uma harpa e leva pra
casa, mas todo o mundo compra um berimbauzinho de lembrança, não é mesmo?
Tocar berimbau não é para qualquer um. Dizem que é um dom de Deus. Extrair
de uma única corda a profusão de sons que os tocadores conseguem deve ser
mesmo obra dos deuses.
Imagino um berimbau tocando os famosos e harmônicos temas natalinos!!!
Maravilha!!!
Ansioso, espero o desenrolar das novas etapas da pesquisa.