quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011


A depreciação da mulher na mídia parece não ter fim. O grotesco "Bunda Show" que teve representantes famosas como Carla Perez, As Sheilas, Tiazinha e Feiticeira se comparado ao que vemos hoje, parece inocente e elegante. Estamos vivenciando a era da baixaria da feira erótica e vulgar que tem como estrelas a mulher samambaia, a mulher melancia, a mulher jaca, a mulher filé. Todas elas têm em comum o fato de se apresentarem em trajes minúsculos, de já terem posado nuas para revistas masculinas e de representarem muito bem a total depreciação feminina na mídia.
O agronegócio erótico transformou a nudez dessas "artistas" e de tantas outras em algo tão comum, que não seria surpresa nenhuma deparar com elas andando peladas na rua, porque se aparecerem vestidas, aí sim, será um verdadeiro ataque ao pudor e à honra.
Mas e depois? E depois que a juventude passar e o tempo fizer seu julgamento cruel e implacável e transformar essas mulheres em novos seres mutantes? Certamente teremos mutações incríveis: mulher melancia vai se transformar em mulher maracujá de gaveta, mulher jaca em mulher uva-passa... e por aí vai.
Isso, é claro, se os bisturis de algum cirurgião plástico não entrarem em ação. Mas aí é outra história...

Etiqueta


Entender de etiqueta não é só saber arrumar pratos, talheres e taças sobre a mesa. Vai muito além disso. Apesar de muitos pensarem que o conceito está ultrapassado, ele está mais presente no comportamento das pessoas do que se pode imaginar. Usar as regras de etiqueta no dia-a-dia torna o convívio entre as pessoas mais fácil. Se todos se comunicassem através da gentileza, da boa educação e do respeito, o mundo iria ficar muito mais agradável. Abaixo, algumas dicas importantes para quem quer entrar no mundo dos “bem-comportados” sem parecer chato.
*No trabalho: Jamais leve sua vida pessoal para o escritório
* À mesa: Nunca fale de boca cheia ou apoie os cotovelos na mesa. E, em hipótese alguma, palite os dentes
*Entre amigos: Abomine a fofoca. Se não tiver algo de positivo para falar de alguém, não fale nada
*No casamento: Não saia nunca com um exagero de docinhos, lembranças e bem-casados debaixo do braço. É muito deselegante
*Na festa: Não tem nada pior do que ficar de porre e sair carregado por amigos
*No elevador: Atender ao telefone celular e conversar animadamente com amigos é falta de respeito com as outras pessoas
*No relacionamento: Mesmo depois do casamento, mantenha a sua privacidade. Em hipótese alguma use o banheiro de porta aberta
*No dia-a-dia: O exercício de bom humor é fundamental. Encare tudo com um sorriso no rosto e converse sempre olhando nos olhos. Isso é sinal de transparência e confiabilidade. Por fim, não aponte, não cutuque e não se coce.

Deus criou o homem para cuidar da sua obra


Segundo o Livro Sagrado, quando Deus criou o homem o mundo já estava pronto, Isto nos leva a crer, que ao homem, por ter-lhe sido concedida também a inteligência, foi lhe dada a responsabilidade de administrar o planeta Terra e tudo nele já existente.
Não sou uma especialista em meio ambiente, mas em tempos em que tanto se discute a importância da preservação do meio todos nós temos este encargo social, independente de posição social e nível cultural. Como educadora acredito que tais noções de preservação devem iniciar desde muito cedo buscando formar na criança a conscientização sobre a importância e a necessidade de preservarmos o nosso meio, incentivando jovens e adultos que abracem a causa e assim, se tornarem verdadeiros ativistas e formadores de opinião.
Não me refiro aqui aos "verdes" de plantão, aos sensacionalistas que buscam na causa a promoção pessoal de forma hipócrita, cujos discursos oscilam conforme a sua conveniência. Nenhuma referência ainda aos radicais que empunham bandeiras do anti-capitalismo e anti-consumismo, mas que se agrupam em ONGs e crescem em termos de estrutura e divulgação, como grandes instituições, custeados por multinacionais e que trilham uma rota menos ideológica e mais contaminada por interesses não estritamente ambientalistas.
Há que se formar uma nova consciência, lembrando que a nova batalha do século XXI deverá ser pela ética dentro dos movimentos ambientalistas, uma luta muito mais difícil porque envolve não apenas o caráter e a consistência dos objetivos do homem . A luta pela preservação do meio ambiente não deve ser apenas tema em reuniões de engravatados nem assunto em datas específicas, deve sim, fazer parte do nosso cotidiano, uma lição de casa a ser refeita todos os dias, seja no nosso quintal, no nossa jardim ou na nossa varanda.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Eu Não sou Cachorro não

Este não é um livro apenas sobre música. Paulo César de Araújo defende uma causa que nunca ninguém defendeu, abordando assuntos perigosos, documentos comprometedores, revelações surpreendentes sobre um importante capítulo da história do Brasil e da música popular brasileira. O autor mostra como os cantores considerados 'cafonas' dos anos 70, foram censurados, apanharam da direita, enfrentaram o exílio. Ele escolheu a música popular daquela época para descrever o clima da época, a ditadura militar. No livro aparecem comentários de Waldik Soriano sobre a tortura, Odair José falando sobre maconha, além de contar com relatos de outros artistas da época como Agnaldo Timóteo, Lindomar Castilho, Dom e Ravel.

Proibição

“Caçadas de Pedrinho” pode ser proibido nas escolas.
O livro “Caçadas de Pedrinho”, de Monteiro Lobato, pode ser proibido nas escolas públicas do país. Segundo o parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE), a obra, um clássico da literatura infantil, contém expressões racistas. Para o autor da denúncia, o mestrando em relações raciais da UnB Antonio Gomes da Costa Neto, o livro de Lobato não respeita as regras de políticas públicas para relações etno-raciais e tem potencial para ensinar as crianças a serem racistas.
Bom, poderia ser pior, o livro poderia estar sendo banido por tratar de caçadas ou outro motivo ecológico, já que estamos vivendo os tempos de preservação ao meio ambiente.
Publicado em 1933, a obra narra uma aventura da turma do Sítio do Picapau Amarelo na procura de uma onça pintada. Dona Benta conta histórias fictícias e as crianças do Sítio são as personagens dessas histórias. Ao longo do livro, os leitores são apresentados aos mitos do folclore brasileiro como saci, curupira, mula sem cabeça – todos portadores de necessidades especiais e que também podem ser banidos do universo infantil caso algum mestre identifique preconceito na citação.
No parecer do CNE, o racismo está na abordagem da personagem Tia Anastácia e de animais como o urubu e o macaco. Um dos trechos citados na argumentação é: "Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou, que nem uma macaca de carvão". Outro diz: Não é a toa que macacos se parecem tanto com os homens. “Só dizem bobagens.” Importante lembrar que o livro, como todo produto cultural, recebeu influências do pensamento de sua época. Assim, num momento histórico em que o racismo era visto de outra forma, é compreensível que o texto tenha algumas frases que incomodem nos dias de hoje. Ainda mais quando estão descontextualizadas. O tema racial, é bom se diga, nunca foi o tema central dessa obra que chegou a ser classificada de “comunista” pelo padre jesuíta Sales Brasil, em 1959.
Na época, “Caçadas de Pedrinho” se tornou uma critica a burocracia estatal, pois trazia em sua segunda parte a história do rinoceronte Quindim, que escapou de um circo e abrigou no Sítio. Para localizá-lo, o governo criou um “Departamento Nacional de Caça ao Rinoceronte”, com chefes, 12 auxiliares, datilógrafos, secretários todos muito bem remunerados que não se esforçam para encontrar o rinoceronte porque não querem ficar desempregados.
As escolas e professores, com algumas exceções, abdicaram de influenciar o gosto e o hábito de leitura dos estudantes há muito tempo. Aliás, basta um livro estar na lista de leitura obrigatória para que caia em desgraça, no que diz respeito às preferências juvenis. Quem sabe, sendo proibido, o livro volte a ser sucesso. Crianças adoram coisas proibidas.