terça-feira, 31 de março de 2009

A Sombra do Vento


A Sombra do Vento é uma narrativa de ritmo eletrizante, escrita em uma prosa ora poética, ora irônica. O enredo mistura gêneros como o romance de aventuras de Alexandre Dumas, a novela gótica de Edgar Allan Poe e os folhetins amorosos de Victor Hugo. Ambientado na Barcelona franquista da primeira metade do século XX, entre os últimos raios de luz do modernismo e as trevas do pós-guerra, o romance de Zafón é uma obra sedutora, comovente e impossível de largar. Além de ser uma grandiosa homenagem ao poder místico dos livros, é um verdadeiro triunfo da arte de contar histórias.


A Sombra do Vento usa o cenário grandioso de Barcelona, com suas largas avenidas, seus casarões abandonados, sua atmosfera gótica e espectral, para ambientar um romance arrebatador que é também uma reflexão sobre o poder da cultura e a tragédia do esquecimento. A busca de Daniel marca sua transformação de menino em homem, e desperta no leitor um fascínio renovado pelos livros e pelo poder que eles podem exercer. Ao ler A Sombra do Vento, o desejo que se tem é de, assim como o menino Daniel, abrir as portas do Cemitério dos Livros Esquecidos e descobrir em seus infindáveis corredores o livro que mudará nossas vidas.

O autor, Carlos Ruiz Zafón nasceu em Barcelona, em 1964. Em 1993, ganhou o prêmio Ebedé de literatura com seu primeiro romance, O Príncipe da Névoa, que vendeu mais de 150.000 exemplares na Espanha e foi traduzido em vários idiomas. Desde então, publicou quatro romances e transformou-se em uma das maiores revelações literárias dos últimos tempos com A Sombra do Vento, finalista dos prêmios literários espanhóis Fernando Lara 2001 e Llibreter 2002. O autor vive há sete anos em Los Angeles, onde escreve roteiros para o cinema e trabalha em um novo romance. Zafón colabora também nos jornais espanhóis La Vanguardia e El País.

De volta ao lar...

Chegando em minha casa depois de duas semanas fora, desta vez fazendo um daqueles intermináveis cursos promovidos pela Secretaria de Educação, sinto aquela sensação gostosa tão presente a cada retorno. Lembro-me do filme O Amor é Contagioso com o genial Robin Williams e minha memória vai até o episódio onde o personagem afirma: ao fim do dia todos querem voltar para casa, o operário, o empresário, o engolidor de fogo, o pobre, o rico...
Confesso que tais viagens me são prazerosas, afinal, sempre sobra um tempinho para rever pessoas, para ficar até mais tarde batendo um papinho gostoso, para bater pernas nos shoppings da vida, fazer aquelas comprinhas básicas e desnecessárias... mas nada se compara ao prazer de retornar, sentir o cheirinho da minha casa, da minha cama, do meu quarto. Sentir o carinho desastrado do meu rotweiller...
Como é bom estar de volta!!!