sábado, 22 de agosto de 2009

Para ouvir na varanda...



E nós que nem sabemos quanto nos queremos

Que nem sabemos tudo que queremos

Como é difícil o desejo de amar
Você que nem me soube quanto eu quis

Que não coube, não me viu raiz

Nascendo, crescendo nos terrenos seus
Eu da janela olhando a lua, perguntando a lua

Onde você foi amar?
E nós que nem soubemos nos querer de vez

Estamos sós, laçados em dois nós

Um que é meu beijo o outro é o lábio seu
Não sei sair cantando sem contar você

Que eu sei cantar, mas conto com você

Que eu vou seguir, mas vou seguir você
Queria que assim sabendo se a gente se quer

Queria me rimar no seu colo mulher

Vencer a vida donde ela vier
Ganhar seuChegar no chegar meu

Dar de mim o homem que é seu

terça-feira, 11 de agosto de 2009

"Para ser intolerante é necessário ser extraordinariamente forte ou louco." (Nicolas Chamfort)
Não sendo extraordinariamente forte, admito minha loucura, mas não abro mão das minhas intolerâncias.
Sou pouco tolerante, mas nada que não dê pra relevar, pra se ter uma ideia, tolero falta de grana, tolero ciúmes, tolero chatice, tolero amigos chatos, tolero boteco com amigas... Mas certas coisas não descem e me tiram do sério, e me fazem descer do salto, esquecer qualquer resquício de educação familiar, por exemplo: falta de caráter, mentira, enrolação, chefe que não sabe P nenhuma se passando por líder, amigos que só aparecem quando precisam de alguma coisa ou de algum favor. Não tolero essa política suja, não tolero a impunidade que insiste em reinar e que não dá mostras de cansaço. Não tolero a violência a que exposta a população deste País. Não tolero injustiça. Não tolero criança mimada. Não tolero também quem se acha cheio de razão e vive definindo o que é certo e o que é errado de forma unilateral. Ah! Não tolero também rotulagens... acho que é isso ... depois lembro de outras intolerâncias e completo este post meio intolerante.

sábado, 8 de agosto de 2009

Só de Sacanagem

Texto de Elisa Lucinda
Meu coração está aos pulos! Quantas vezes minha esperança será posta a prova? Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro. Do meu dinheiro, do nosso dinheiro que reservamos duramente pra educar os meninos mais pobres que nós, pra cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais. Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta a prova? Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais? É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração tá no escuro. A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e todos os justos que os precederam. 'Não roubarás!', 'Devolva o lápis do coleguinha', 'Esse apontador não é seu, minha filha'. Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar! Até habeas corpus preventiva, coisa da qual nunca tinha visto falar, sobre o qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará!
Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear! Mais honesta ainda eu vou ficar! Só de sacanagem!Dirão: 'Deixe de ser boba! Desde Cabral que aqui todo mundo rouba!E eu vou dizer: 'Não importa! Será esse o meu carnaval! Vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos.' Vamo pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo, a gente consegue ser livre, ético e o escambal.Dirão: 'É inútil! Todo mundo aqui é corrupto desde o primeiro homem que veio de Portugal!'E eu direi: 'Não admito! Minha esperança é imortal, ouviram? Imortal!'Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a gente quizer, vai dar pra mudar o final!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009


Você é sol,
Eu sou lua.
Minha vida na vida sua...
Você é cheiro de mato, orvalho
Sou metrópole, asfalto
Impulsiva
Explosiva
Indecisa
A sua calma
Me acalma a alma.
Tão diferentemente iguais
E nessa diferença conseguimos ser tão felizes !