sexta-feira, 25 de junho de 2010


Lí outro dia um artigo que falava sobre os ídolos e o quanto eles são importantes na vida das pessoas e porque o seu desaparecimento provoca uma comoção popular maciça.

Mas por que eles são tão importantes assim? Talvez porque a vida das pessoas "normais" seja trivial e banal caminhando sempre entre as frustrações habituais e a monotonia repetitiva. Talvez por isso precisemos dos ídolos. Eles dão vida às nossas aspirações, visto que não sofrem de problemas financeiros, têm uma vida movimentada e seus amores são românticos e absolutos. Além disso não envelhecem nunca e conservam a beleza e a inteligência por todo o sempre.

Esta ideia acaba formando um novo tipo de consciência, permitindo à televisão e ao cinema a formação de um lenitivo para as agruras da vida. Por isso, quando morre um ídolo é como se mutilasse a população, arrancando-lhe um braço ou um olho. Roubam-lhe um parente, um amigo, um confidente, uma paixão. O ídolo não pertence a sí próprio, portanto, não tem o direito de morrer.

Daí a revolta, o choro a histeria.

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