segunda-feira, 24 de setembro de 2007

De volta pro lar


Ter um bichinho de estimação em casa é uma alegria, e quem me conhece sabe da minha paixão pelos gatos. Tive dois na minha infância, e foram amados de tal forma que pareciam parte integrante da família, quando eles se foram sofri bastante, chorando dias a fio. Esse detalhe escapa aos apaixonados pelos animais: geralmente a vida do bichinho é mais curta que a humana e muitas vezes eles podem fugir, nos abandonar. Mas quem disse que estamos prevenidos sobre a fuga ou perda definitiva?
Ganhei no Natal de 2005 um gato da raça persa que recebeu o nome de Mustafá. Como todos os gatos da raça, ele prima pela docilidade. Manso e dengoso conquista qualquer pessoa, mesmo às avessas a gatos. Pois bem, semana passada eis que num belo dia de sol acordo e não ouço seu miado à porta do meu quarto o que me causou estranheza. Procuramos por toda a casa e nada, e dolorosamente constatamos que o mesmo havia desaparecido.
Procuramos pela rua de casa em casa, pelo quarteirão, pelo bairro, pela cidade. Anunciamos nas emissoras de rádio, distribuímos panfletos e nada... já havia se passado 5 dias e as esperanças de reencontra-lo minguavam consideravelmente. Fiquei muito triste, e não tive vergonha de expressar minha dor. Meu marido sugeriu comprar outro da mesma raça, mas ele não entendia que pra mim, o MEU gato era muito especial e jamais seria substituído, gerando um vazio enorme.
Quando as esperanças já não mais existiam, eis que recebo a notícia que o mesmo foi visto no quintal vizinho, e então montamos guarda caso ele reaparecesse, e o mesmo reapareceu, para minha felicidade. Sujo, faminto, machucado, tinha o olhar assustado nem de longe lembrando o gato lindo que encantava todos. Mas era o meu gato e que felicidade reencontra-lo. Agora ele dorme na almofada ao lado, ainda está magro e recupera-se das feridas, certamente fruto de brigas com outros gatos. Ronrona despreocupado e claro, não sabe o quanto me deixou preocupada com seu sumiço e o quanto me fez feliz o seu retorno.

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