sábado, 14 de junho de 2008

Vontade de escrever alguma coisa, mas parece que a inspiração levantou-se e foi embora sem fazer barulho pra não me acordar, portanto, deixo a palavra com o mestre maior da mesma - o poeta, já que a ele a inspiração nunca dá trégua e, é sempre visita constante em sua casa. A ele, ela oferece toda sensibilidade necessária para significar detalhes da vida que nos passam despercebidos, detalhes que são suprimidos pelo cotidiano concretista a que nos submetemos hoje em dia.

Eu amo tudo o que foi

Eu amo tudo o que foi,
Tudo o que já não é,
A dor que já me não dói,
A antiga e errônea fé,
O ontem que dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.

Fernando Pessoa

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