segunda-feira, 14 de abril de 2008

Adeus

Ele entrou na minha vida numa tarde de dezembro e transformou-se no meu melhor presente de Natal. Era um filhote apenas, tinha 3 meses, olhos redondos e brilhantes, pêlo macio e longo e um ar blasé tipo "tô nem aí" e acabou conquistando todos da família.
A escolha do nome foi uma árdua tarefa, nenhum combinava com aquela bolinha de pêlos e a sugestão de um amigo acabou pegando, e assim ele se transformou em Mustafá.
Adorava dormir nos lugares mas estranhos, e por algum tempo, pasme, elegeu com favorito o topo da geladeira, o que nos arrancava risos como se rí da arte de um filho mais novo.
Curioso, não resistia a uma porta de armário aberta ou qualquer gaveta que se abria. E era necessário muita atenção para que ele não ficasse preso durante essas brincadeiras.
Sua rotina não alterou com a chegada de Brusque, o rotweiller que veio completar o time dos animais de estimação e era comum brincarem pelo quintal até o momneto que ELE quisesse, pois ao menor de sinal de cansaço ou mesmo de desinteresse saía com ar triunfal, como se ele "mandasse" na brincadeira.
Eu adorava passear com ele, você também acha estranho levar um gato pra passear? Então precisava ver como ele se sentia importante e imponente no colo despertando a atenção de todos, principalmente da criançada, uma vez dei muitas risadas quando uma pequenininha perguntou: Ele é de verdade?
Sim, ele era de verdade... hoje é só um sonho e uma saudade...

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