sábado, 17 de maio de 2008

Amar


Andei percebendo que as pessoas que lêem os grandes escritores mundiais e uma infinidade de filósofos não se sentem à vontade em revelar que amam, porque na concepção dos mesmos o amor é retrógrado, é brega, é cafona e careta..E caso insistam em falar desse sentimento vão tentar convencer que o amor é uma criação dos poetas de séculos passados, que nada é mais antiquado que falar de amor.
Pois bem, realmente é muito complicado amar e ser amado, amar e não ser amado ou ser amado e não amar.
Deve haver varias feministas que queima seus sutiãs nas ruas e choram de solidão iluminadas pela luz do abajur da cabaceira cheias de livros da Olympe de Gouge ou da Mary Wollstonecraft.
Vão dizer ainda que o amor ficou para os loucos, para as empregadas domésticas fãs do Fabio Junior, para os idiotas que escrevem “que sem você não viverei”, para os homens fracos e as mulheres sem ideais.
Mas o que custa ser brega para amar? ser tolo? ou mesmo louco? No fundo todo mundo se rende a uma boa paixão, a um coração acelerado ou uma saudade no peito, mas será que os “gênios” têm coração?
O amor não é uma equação, nem um teorema, não é uma teoria, é uma loucura simples e humana, não é preciso esforços para sentir, com também não faz sentido querer compreender, ele é apenas o amor e será que isto não basta. Será que ele não se define nele mesmo e suas caretices cafonas? É tão tolo aquele telefonema sem nada o que falar, é tão brega aquele bilhete de cinema guardado na gaveta, mas é tão bom sentar e não falar nada e apenas se olhar e se cheirar, e não pensar em quem construiu e com qual finalidade inventaram o amor, sem lembrar do papo dos feromônios e as aproximações das pessoas, das regras da Micro física do poder.
Que me desculpem os intelectuais, namorem menos suas teorias, assumam a idiotice por um instante... Todas as questões problemáticas da humanidade e do universo vão se perder em apenas um abraço.

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