Eu creio em Anjos quer voem ou não sobre Berlim. Sei que em mim pensam, me protegem, me sorriem, me aparam alguma lágrima su viso, pois se tu és um, testado no que afirmo como não acreditar na santidade que é o amor que nada pede, tudo dá tudo oferece, com sutileza... Há anjos? Há, sim, há anjos de verdade.
terça-feira, 27 de maio de 2008
Sou assim... ame-me ou deixe-me...
Tenho uma porção de defeitos. Acho até que precisaria de muito mais do que as duas mãos para contá-los. Mas dá para conviver com eles... dá.
Pra começar: sou chata e reconheço a minha chatice, dizem até que o meu primeiro sorriso é suspeito, daquele tipo que não convence muito, e assim, pensam que além de chata sou também metida e orgulhosa, estas duas últimas características não são verdadeiras. Eu diria que sou blasé.
Tenho muitas teorias, mas confesso que tenho dificuldades em aplicar meus próprios pensamentos. Portanto, faça o que eu digo, não o que eu faço.
Sou rebelde e extremista. Acho que a melhor forma de cortar os males é pela raiz e não meço esforços pra isso. Nem que o corte seja doloroso e deixe marcas.
Magôo com certa facilidade e magoada, não consigo agir normalmente. Armo bico e carranca e é impossível ninguém perceber. Nessas horas sou até capaz de espernear, gritar. Depois fico quieta e passa... embora algumas coisas fiquem guardadas no HD da minha cabeça, esperando o momento propício para uma vingançazinha... É, sou vingativa, acrescente essa característica ao meus defeitos.
Impulsiva. Embora esteja muito mais controlada hoje, quando alguma coisa me tira do sério não tenho o menor medo de enfrentar. Tem sangue quente e pavio curtíssimo.
Temperamental. Ajo de acordo com o meu humor – e ainda tenho meus ciclos de instabilidade. De acordar estupidamente feliz, ou absurdamente triste, sem saber o porquê, sem ter um motivo aparente. Desconto nos outros – fazer o quê? –, geralmente nos mais próximos. Sorry. De mau humor, carrego cascos nos pés e pedras nas mãos. De bom humor, sou capaz de deitar sobre uma poça d´água para alguém não molhar os pés. Ok – exagerei. Mas gosto de agradar, escrever, elogiar. Minha forma particular de manifestar bons sentimentos. "Hostiliza quando quer, agrada sempre que pode" - me disseram uma vez. Boa definição.
Sono e fome me atiçam o mau-humor. Quantas vezes saí P da vida dos lugares porque precisava dormir ou comer? Inúmeras, incontáveis.
O mais interessante é que, acima de todos estes defeitos, hoje eu vejo que a pessoa que mora aqui dentro é bem mais equilibrada. A ponto de reconhecer isso. Porque até certa altura da vida, a única coisa que a gente sabe fazer bem é ver defeitos nos outros.
De tempos em tempos, veja se não é hora de dar uma boa espiada no seu próprio umbigo.
Recorro mais uma vez a Clarice Lispector: " ...meus defeitos, eu vos adoro,minhas qualidades são tão pequenas, iguais à dos outros homens, meus defeitos,meu lado negativo é belo e côncavo como um abismo."
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